Rio e SP vão ter protagonismo na CBF pela 1ª vez em 107 anos
Ednaldo Rodrigues definiu composição com nomes fortes para vices
Por quase um século, a CBF esteve sob controle dos cariocas e isso gerou ciúmes de outros centros do Brasil, notadamente de São Paulo. Em 2012, com a renúncia de Ricardo Teixeira, José Maria Marin rompeu a tradição e iniciou uma década de domínio paulista na entidade – depois dele, vieram Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo, todos naturais da mais importante capital financeira do País. Agora, Rio e São Paulo vão estar irmanados na CBF e sob a tutela de um nordestino, o baiano Ednaldo Rodrigues.
Isso se confirmou com a formalização da única chapa para a eleição da CBF, programada para quarta-feira (23). O documento foi protocolado na manhã desta sexta-feira, pouco antes do encerramento do prazo para as inscrições. Ednaldo é o candidato a presidente e na sua relação de vices constam os nomes de Rubens Lopes, presidente da federação carioca, e Reinaldo Carneiro Bastos, que dirige a federação paulista.
São oito vices ao todo. Quatro serão mantidos: Francisco Novelletto, Marcus Vicente, Antônio Aquino e Fernando Sarney - esse quarteto deu suporte político para Ednaldo e manteve-se firme com ele o tempo todo. Completam a lista agora Hélio Cury, presidente da federação do Paraná, e Roberto Goes, que comanda a federação do Amapá.
Os quatro novos vices vão ocupar as vagas do próprio Ednaldo Rodrigues, eleito vice em 2018, do coronel Antonio Nunes, que também se empenhou na campanha, e dos dois dirigentes que se juntaram para tentar impedir a vitória do grupo liderado pelo dirigente baiano – no caso, Gustavo Feijó e Castellar Guimarães.
Na quarta-feira, a posse dos novos dirigentes da CBF se dará automaticamente após a Assembleia Geral. Pela primeira vez, tudo indica, a entidade terá um homem nordestino e negro eleito para o cargo máximo.