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Ronaldinho acumula sucessivas derrotas na Justiça paraguaia 

Ex-jogador e irmão estão presos em um hotel de Assunção acusados de usarem passaportes falsos para entrar no país

15 jul 2020 - 08h12
(atualizado às 08h17)
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Preso desde o dia 6 de março acusado de usar passaporte falso para entrar no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho tem acumulado sucessivas derrotas na Justiça do país vizinho. O último revés foi sofrido na semana passada, após a Quarta Corte de Apelação de Assunção rejeitar recurso de seus advogados, que questionam a maneira como o processo vem sendo conduzido.

Ronaldinho Gaúcho é escoltado por policiais no Paraguai
07/03/2020
REUTERS/Jorge Adorno
Ronaldinho Gaúcho é escoltado por policiais no Paraguai 07/03/2020 REUTERS/Jorge Adorno
Foto: Reuters

"O recurso, de decisão não unânime, não tinha como objeto o mérito. Não discutia os fatos. O recurso tinha como objeto a questão processual e, diante da decisão, será será interposto novo recurso", disse ao Estadão Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho.

Até o momento, a única vitória do ex-jogador nos tribunais paraguaios foi em abril, quando ele conseguiu deixar a cadeia e ir para a prisão domiciliar, em um hotel de Assunção. Mas, antes a Justiça já havia negado duas vezes o pedido e só aceitou após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões) paga por Ronaldinho e seu irmão, Assis, que foi preso junto com ele.

Antes de ir para o hotel, Ronaldinho estava em um centro de detenção da polícia que abriga políticos processados por corrupção e presos por narcotráfico. Mesmo no presídio considerado de segurança máxima, o ex-jogador e o irmão mantinham contato com familiares no Brasil, inclusive por videochamadas.

O ex-jogador e seu irmão estão proibidos de deixar o Paraguai acusados de "uso de documentos públicos com conteúdo falso". A pena para esse tipo de delito no Paraguai prevê até cinco anos de prisão. Os promotores investigam ainda suposta participação de Ronaldinho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

O caso virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional de Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Estadão
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