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Santos supera Ceará, mantém liderança e fica a duas vitórias do retorno à elite nacional

Equipe lidera a Série B após nova vitória na Vila Belmiro, mesmo com futebol abaixo do esperado

22 out 2024 - 21h13
(atualizado às 21h46)
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O torcedor do Santos já esfrega as mãos para celebrar o retorno à elite nacional, de onde jamais o time devia ter saído. Pela matemática de Fábio Carille e comissão técnica, faltam apenas mais duas vitórias nas cinco últimas rodadas. O líder se aproximou ainda mais do acesso nesta terça-feira, 22, ao ganhar o "mata-mata" com o Ceará, na Vila Belmiro, por 1 a 0, em mais um jogo sem brilho da equipe e com o goleiro Brazão em destaque, pela 33ª rodada da Série B.

Com o triunfo no sufoco, gol de Diego Pituca, o Santos subiu para os 59 pontos, abrindo oito para os cearenses, um dos times que poderiam superá-lo na zona de acesso ao fim das 38 jornadas. Ou seja, uma preocupação a menos com poucos pontos em disputa pela frente.

O próximo compromisso do Santos é na segunda-feira, 28, diante do instável Ituano, em Itu. No primeiro turno, na Vila Belmiro, os comandados de Fábio Carille não tiveram dificuldades para ganhar por 2 a 0. Depois, ainda tem Vila Nova, Coritiba, CRB e Sport pela frente.

Carille comemorou os retornos de Gil, Escobar e Diego Pituca para ter mais experiência e consistência na marcação após sofrer três gols em derrota para a Chapecoense na rodada passada. Mas não imaginava que as lesões pudessem atrapalhar os planos.

Depois de trabalhar com os titulares que iniciariam o "confronto direto" com a principal ameaça pelo G-4 - o Ceará entrou em campo na quinta colocação -, o treinador santista viu testes antes de a bola rolar o obrigar a mexer na escalação. Com fadiga muscular, JP Chermont era baixa conhecida, mas Luan Peres e Giuliano acabaram acusando dores pouco antes de a bola rolar e tiveram de dar lugar a Jair e Serginho, respectivamente.

Na defesa, Jair já vinha atuando e tem bom entrosamento com Gil. Ocorre que a armação vem sendo a grande dor de cabeça ao longo da Série B com Giuliano sem um substituto à altura e com as demais peças ainda sob desconfiança na torcida.

Mexido por obrigação, o Santos iniciou com postura ofensiva para cumprir a meta de "ganhar todas" na Vila Belmiro. O pacto começou no triunfo sobre o Operário, por 1 a 0, e se consolidou nos 3 a 2 sobre o Mirassol. Mesmo com sufoco e cobranças, o time fez sua parte.

Serginho, que ganhou nova oportunidade e precisava mostrar serviço, deu lindo cruzamento para Diego Pituca abrir o marcador de cabeça. O volante já havia tentado uma finalização e errado, por muito, o alvo. Se redimiu com estilo, para festa da torcida.

A vantagem tinha tudo para fazer bem ao Santos, pois obrigaria os cearenses a sair da defesa. Com mais espaços, bastava encaixar um bom ataque para se aliviar na partida. Com Gil e Jair cortando tudo na defesa, a expectativa da torcida era de que o ataque desse as caras na frente. Mas faltou o capricho no último passe para Guilherme ou Wendel Silva e o placar mínimo permaneceu até o intervalo graças a bela defesa de Gabriel Brazão aos 44 minutos em bomba de Lourenço na falta.

As equipes voltaram com mudanças para a etapa final e com a torcida fazendo enorme festa com um gatinho que invadiu o gramado. Carille tirou Hayner com medo de perdê-lo por expulsão após o amarelo na etapa inicial e o Ceará voltou com peças para melhorar o setor ofensivo.

Em bela troca de passes, Serginho bateu rasteiro e quase ampliou logo aos 3 minutos. Escaldado após passar sufoco em jogos anteriores em casa por não fazer uma vantagem tranquila, o Santos queria mudar a história e se postou no campo ofensivo. Mas quase foi surpreendido em batida forte de Erick Pulga bem defendida por Brazão.

Depois de primeiro tempo pouco atrativo, a segunda etapa virou uma trocação, com equipes mais ousadas e um tanto irresponsáveis na defesa. Com a vantagem no placar, o Santos permitiu alguns sustos desnecessários a um rival sem outra saída senão se lançar à frente de qualquer maneira. Brazão teve arrojo para salvar nos pés de Lucas Rian.

O crescimento de produção do Ceará acabou com a paciência de Carille, até então caladão no banco, que começou a gesticular, orientar e cobrar bastante do time. O Santos já não conseguia mais atacar e a torcida também começou a se irritar. Com o time e com a arbitragem, ignorando algumas faltas. Pulga, sozinho, mandou a chance da igualdade para fora e Brazão fez milagre em cabeçada de João Pedro, definindo o placar.

SANTOS 1 x 0 CEARÁ

  • SANTOS - Gabriel Brazão; Hayner (Rodrigo Ferreira), Gil, Jair e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca (Tomás Rincón) e Serginho (Otero); Willian Bigode (Laquintana), Guilherme e Wendel Silva (Julio Furch). Técnico: Fábio Carille.
  • CEARÁ - Bruno Ferreira; Rafael Ramos, David Ricardo, João Pedro e Matheus Bahia (Eric Melo); De Lucca (Richardson), Lourenço e Lucas Mugni (Lucas Rian); Aylon (Recalde), Erick Pulga e Saulo Mineiro (Facundo Barceló). Técnico: Léo Condé.
  • GOL - Diego Pituca, aos 13 minutos do primeiro tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - João Schmidt, Gabriel Brazão e Hayner (Santos).
  • ÁRBITRO - Rafael Klein (RS).
  • RENDA - R$ 345.141,25
  • PÚBLICO - 8.548 presentes.
  • LOCAL - Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP).
Estadão
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