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Seleção do Catar é comandada por ex-técnico da base do Barcelona e subiu 46 posições no ranking Fifa

Em 2022, catarianos tiveram resultados animadores: nos amistosos, venceu Bulgária, Gana, Panamá, Nicarágua e Honduras, além de ter empatado com Eslovênia, Marrocos e Chile

9 nov 2022 - 15h10
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A seleção catariana não tem nada a perder nesta Copa do Mundo. Sem histórico relevante até no futebol do continente, a equipe disputou sua primeira partida profissional somente em 1970 e fez sua estreia na Copa da Ásia em 1980 sob comando do técnico brasileiro Evaristo de Macedo. De olho no primeiro Mundial de sua história, o time ensaiou uma preparação diferente para não fazer feio na fase de grupos.

Nos últimos anos, o Catar vem melhorando sua posição no ranking da Fifa. Após a Copa do Mundo de 2018, ocupava apenas a 98ª colocação e, hoje, está em 50º - chegou a estar em 42º em agosto deste ano. Muito se deve aos resultados recentes.

Para preencher o calendário e se preparar para o Mundial, o Catar organizou participações em torneios de outros continentes. Na Copa América de 2019, foi convidada a integrar a competição, mas seu desempenho no torneio foi ruim: lanterna do grupo B, com Colômbia, Argentina e Paraguai, após um empate e duas derrotas. Na edição 2020 da competição, foi novamente chamada para participar, assim como a Austrália, mas ambas desistiram devido à pandemia.

Em 2021, como processo de preparação para o Mundial, a seleção catariana apostou em elevar seu nível e esteve presente em competições realizadas em dois continentes: disputou as Eliminatórias asiáticas e a Copa Ouro (América do Norte, Central e Caribe). Além disso, organizou dois amistosos com cada uma das seleções do Grupo A das Eliminatórias europeias (Portugal, Irlanda, Sérvia, Luxemburgo e Azerbaijão).

O país também esteve presente na Copa Ouro do ano passado, competição que conta com países da América do Norte, Central e Caribe, e surpreendeu ao ser semifinalista do torneio. Se classificou em primeiro no grupo D, que contava com Honduras, Granada e Panamá, depois venceu El Salvador nas quartas de final, mas caiu para os Estados Unidos por 1 a 0 na fase seguinte.

Nas Eliminatórias asiáticas, foi líder do Grupo E da segunda fase, um dos mais fáceis da competição, com sete vitórias e um empate. O país não avançou à etapa seguinte por já estar classificado para a Copa do Mundo já que é país-sede.

Seleção do Catar tem ex-técnico da base do Barcelona

Nos últimos dez anos, a posição de técnico da seleção catariana teve muita rotatividade, com nove treinadores ocupando o cargo no período. Quem está no comando desde 2017 é o espanhol Félix Sánchez, que foi professor e técnico nas divisões de base do Barcelona e está no Catar desde 2006. Ele tem vínculo com a entidade e o país desde 2013, quando começou a liderar a base.

Sem trajetória como jogador profissional, Sánchez iniciou sua carreira de treinador comandando a base do Barcelona entre 1996 e 2006. Ele treinou os times sub-19, sub-20 e sub-23 do Catar antes de assumir o time principal. Em 2013, ele chamou a atenção quando liderou a seleção sub-19 ao título da Copa da Ásia sub-19, logo em seu primeiro ano no cargo.

Vários nomes da equipe saíram da Aspire Academy, um centro de excelência do esporte do Catar fundado em 2004 para ajudar a desenvolver jovens atletas. Através dos petrodólares, os investimentos na estrutura contam com tecnologia de última geração. O site oficial do centro de formação conta com elogios do Rei Pelé, do craque argentino Lionel Messi, além do ex-técnico Alex Ferguson. A Aspire Academy é dona do Cultural Leonesa, da terceira divisão espanhola, do KAS Eupen, da liga belga, além de parceria com o Leeds, da Inglaterra.

O bom trabalho de Sanchez como técnico na base levou-o à equipe principal do Catar em 2017. O grande momento da história da seleção catariana foi em 2019. Com 70% do elenco formado na Aspire Academy, a equipe ganhou de forma surpreendente o título da Copa da Ásia, edição em que chegou à sua primeira final da história e levou um título improvável, superando o Japão na decisão.

"Não é comum que um técnico passe 12, 13, 14 anos com os mesmos jogadores. Eles me conhecem muito bem e eu os conheço muito bem. Eles mudaram de crianças para adultos. Essa não é uma relação comum. Nos conhecemos há muito tempo, somos muito próximos", disse o treinador.

Todos os jogadores da seleção atuam no futebol local, mas o elenco é formado por muitos atletas que nasceram em países do Oriente Médio e do Norte da África. Ali Assadalla nasceu no Bahrain, Mohammed Muntari em Gana, Ahmed Alaaeldin no Egito, Mohammed Waad e Bassam Al-Rawi no Iraque, Musab Kheder e Almoez Ali, no Sudão, e Boualem Khoukhina na Argélia. Os principais nomes da seleção são os atacantes Almoez Ali e Akram Afif, que foram relevados pela academia e tiveram passagem rápida por times pequenos da Europa.

Em 2022, o Catar teve alguns resultados animadores, considerando o nível da sua seleção no âmbito internacional. Nos amistosos deste ano, venceu Bulgária, Gana, Panamá, Nicarágua e Honduras, além de ter empatado com Eslovênia, Marrocos e Chile.

Estadão
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