Seleção e PSG não se entendem sobre Neymar
O craque está contundido e pode desfalcar Brasil em dois jogos pelas eliminatórias
Neymar sofreu lesão muscular na coxa esquerda em jogo do PSG contra o Istambul Basaksehir, da Turquia, há sete dias, pela Liga dos Campeões. Logo em seguida, o técnico do seu time, Thomas Tuchel, disse que “o certo seria Neymar não atuar na próxima data-Fifa”, ou seja, ficar fora das partidas do Brasil contra Venezuela, em 13 de novembro, e Uruguai, no dia 17. No entanto, a CBF e o técnico Tite ignoraram as declarações de Tuchel e mantiveram a convocação do atacante.
Nem mesmo o comunicado do PSG, no domingo (1), de que Neymar só poderá voltar a jogar após 17 de novembro, demoveu a confederação e o treinador brasileiro.
É uma situação atípica, pois, em geral, a comissão técnica da Seleção é sempre a primeira a defender o tempo que for necessário para a recuperação de jogadores que sofrem lesões ou estão sob intenso desgaste físico.
O Departamento Médico da Seleção está em contato com os colegas do PSG e com o próprio Neymar, na expectativa de que o jogador possa ter uma recuperação mais rápida e assim fique à disposição de Tite nos dois compromissos pelas eliminatórias do Mundial de 2022.
No clube francês, porém, é claro o desconforto com a resistência da CBF em não abrir mão do artilheiro. Há um motivo mais recente para isso. Após os jogos do Brasil, no mês passado, pelas eliminatórias, contra Bolívia e Peru, Neymar se reapresentou ao PSG muito desgastado e, por isso, ficou fora da partida contra o Nimes, pelo campeonato local.
Depois da lesão do dia 28 de outubro, no confronto com o Istambul Basaksehir, Neymar desfalcou o PSG contra o Nantes (dia 31) e vai estar ausente também dos jogos contra o RB Leipzig, nesta quarta, e Rennes (dia 7).