Sucessor escolhido por Del Nero sofre resistência na CBF
A intenção do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de deixar de sobreaviso o diretor executivo de Gestão da entidade, Rogério Caboclo, como alternativa para assumir o cargo máximo do futebol brasileiro não é bem vista por vários dirigentes de federações do Sul, Sudeste e Nordeste do País. O Terra apurou com alguns deles que a resistência ao nome de Caboclo tem aumentado gradativamente nas federações e também em clubes com direito a voto na CBF.
Isso porque o homem de confiança de Del Nero tem pouco diálogo com as demais entidades e é dono de um perfil, segundo eles, muito centralizador. “Se Del Nero escolher Rogério Caboclo, a debandada vai ser grande”, afirmou um presidente de federação à reportagem.
Há até quem defenda entre os votantes uma troca entre os candidatos da preferência de Del Nero. Em vez de Caboclo, que se investisse no secretário geral Walter Feldman – mais político e maleável no trato com as federações e clubes.
A próxima eleição para presidente da CBF vai ser em abril de 2018. A princípio, Del Nero quer se candidatar à reeleição. Mas sua decisão depende do desdobramento de investigações da Justiça dos Estados Unidos, Espanha, Suíça e Brasil, países que miram a cúpula da CBF em suspeitas de atos ilícitos. Del Nero foi indiciado pela Justiça dos EUA em 2015 e, desde então, não deixou mais o Brasil por medo de ser preso.
Para o pleito de 2018, os clubes das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro vão ter direito a voto. Mas em razão de uma manobra da atual diretoria da CBF, o peso deles na eleição vai ser menor que o das 27 federações.
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