Esvaziada pelos clubes, Primeira Liga tem futuro indefinido
A edição 2018 do torneio da Primeira Liga está sob ameaça por várias razões, a começar pela decisão dos próprios clubes de levar times alternativos para os jogos da competição que está em curso e cuja final será disputada por Londrina e Atlético-MG, em 8 de outubro, na casa do time paranaense. Soma-se a isso o fato de 2018 ser ano de Copa do Mundo, o que aperta ainda mais o calendário nacional.
Nos próximos dias, a diretoria da Liga estará reunida para discutir um modelo que não interrompa a trajetória da entidade. As dificuldades são grandes e há clubes que sinalizam com a desistência. No final de 2016, por divergências, Coritiba e Atlético-PR romperam com o grupo. O Atlético-MG indicou que seguiria o mesmo caminho, mas foi demovido pelos demais.
Com o Mundial, a CBF vai antecipar o início dos Estaduais de 2018 por causa da paralisação dos campeonatos nacionais durante os jogos na Rússia. Uma hipótese estudada pela Primeira Liga é aproveitar essa pausa, em junho e julho, para organizar as partidas do torneio.
Os seis grandes times que jogam a Primeira Liga, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético-MG, Inter e Grêmio, escalaram ao longo da competição de 2017 equipes reservas, o que afetou a visibilidade do torneio, com menos público nos estádios do que o esperado. A justificava de seus treinadores e dirigentes era a de dar prioridade ao Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana e até mesmo à fase final dos Estaduais.