Flamengo assume protagonismo na Liga Sul-Minas-Rio
O Flamengo deixou de lado uma posição discreta, adotada inicialmente, para assumir o protagonismo na Liga Sul-Minas-Rio. Embora a entidade tenha sido fundada em assembleia na sede do Rubro-Negro, em setembro, o clube vinha se comportando como convidado de honra do grupo que pretendia originalmente a reedição de um torneio entre clubes do Sul e de Minas Gerais.
Mas o Flamengo passou a tomar atitudes mais firmes quando a liga se viu ameaçada por crises recentes, como a do desligamento do Cruzeiro, que anunciou sua saída e depois voltou atrás. O presidente da liga, Gilvan Tavares, que também comanda o time de Minas, só aceitou a reintegração após um apelo de seu colega do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
O próprio presidente do Flamengo baixou a temperatura de uma disputa por cotas diferentes para os clubes participantes do torneio programado para o início de 2016. O Fluminense reclamou publicamente que não aceitava receber menos que o rival carioca e chegou a ameaçar nova ruptura na entidade.
Mas Bandeira e seus emissários intervieram para fortalecer a ideia de que a união dos clubes, no atual momento, é o que mais importa a fim de se consolidar um movimento que visa, mais para a frente, à criação de uma liga nacional.
O Flamengo também nunca escondeu que reações mais acaloradas do então CEO da liga, Alexandre Kalil, acabavam por trazer mais dificuldades para o grupo. Kalil se demitiu do cargo na semana passada.
Partiu também do Rubro-Negro o pito nos demais clubes que compõem a liga pela opção de voto de alguns deles no coronel Antônio Nunes para uma das vice-presidências da CBF. O Flamengo se opôs a esse processo na confederação por considera-lo uma manobra com o objetivo de manter no poder o grupo de Marco Polo Del Nero.