Torcedores vão a hospital se despedir de Pelé: "É um ídolo mundial"
Pelé morreu na tarde desta quinta-feira, 29, aos 82 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo
Torcedores foram até o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, se despedir e homanegear o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Uma bandeira com a mensagem "Eterno Rei Pelé" chegou a ser estendida do lado de fora da unidade hospitalar.
O ídolo brasileiro morreu nesta quinta-feira, 29, de falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer de cólon. Pelé estava internado há um mês. O velório será na segunda-feira, 2, na Vila Belmiro, em Santos, no litoral de São Paulo, local onde o ídolo foi revelado no esporte. O enterro será na terça-feira, 3, às 10h, no Memorial Necrópole Ecumênica, próximo à Vila.
Marcolino Olímpio de Oliveira, de 62 anos, é torcedor do Santos e já viu Pelé jogando na Vila. Em entrevista ao Terra, enquanto segurava em seus braços um álbum que conta a história de seu time do coração, ele contou que há duas semanas tinha ido até o hospital para tentar ver o Rei. "Hoje eu estava vendo um filme, quando apareceu a notícia urgente", contou.
O torcedor lembrou que, aos 15 anos, teve a chance de estar com Pelé. "Ele tinha 45 [anos], tivemos uma conversa muito boa", destacou, sem dar detalhes do encontro.
O jovem Gabriel Oliveira, de 19 anos, fez questão de usar uma camisa do Santos e carregar a bandeira do clube para prestar homenagem ao Rei. "Eu sou santista, brasileiro, e ele representa nosso País. Eu acho importante dar essa última homenagem não só para o Pelé em si, mas para o Edson Arantes, uma pessoa importante também".
Único santista de sua família, ele afirma que, mesmo não tendo acompanhado a época que Pelé jogou pelo seu time, é impossível não admirar a história do Rei. "Quando você conhece a história do clube, não tem como não amar o Pelé por tudo que ele fez por nós, pelo Brasil. Ele é o rei, o atleta do século 20", afirmou ele, relatando que pretende permanecer na frente do hospiral até o período da noite.
A emoção é semelhante àquela demonstrada pelo analista de sistemas Eduardo de Carvalho Nascimento. Vizinho do Hospital Albert Einstein, onde Pelé esteve internado durante um mês, o torcedor lembrou que aprendeu a amar Pelé desde pequeno.
"Ele jogou duas décadas no Santos, mas eu acho que é um grande ídolo brasileiro e mundial. A camisa 10 ficou eternizada por ele usá-la. É a história de um menino pobre que deu certo, e ele sempre teve aquele jeito solícito, atendia todo mundo. Era uma pessoa bastante acessível. Ele colocava o amor acima de tudo", destacou, bastante emocionado.
Quem também chorou pela partida do Rei foi Pedro, logo após pendurar uma faixa em homenagem ao ídolo. Para ele, Pelé é uma "lenda do futebol".
"Eu tenho certeza que Pelé e futebol é uma coisa só, e toda homenagem que a gente fizer é o mínimo para o tamanho desse cara, que eternizou a camisa 10 e o soco no ar como comeração de gol", acrescentou.
Adeus a Pelé
O corpo de Pelé será velado no Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro. De acordo com informações da assessoria de imprensa do Santos, o corpo seguirá do Hospital Albert Einstein direto para o estádio na madrugada de segunda-feira, 2. O caixão será posicionado no centro do gramado.
A previsão é que o acesso do público seja liberado a partir das 10h. Fãs e torcedores terão acesso ao estádio pelos portões 2 e 3, com saída pelos portões 7 e 8. Autoridades serão recebidas no portão 10.
O velório ocorrerá até as 10h da terça-feira, 3. A partir de então, o corpo de Pelé seguirá em cortejo pelas ruas de Santos, passando pelo Canal 6, onde mora a mãe do Rei, dona Celeste, em direção ao Memorial Necrópole Ecumênica. O enterro de Pelé será restrito aos familiares.