Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Vaias, destaque carioca e a mesma Bolívia: o único jogo de Copa América no Morumbi

13 jun 2019 - 07h19
(atualizado às 08h10)
Compartilhar
Exibir comentários

Palco da abertura da Copa América de 2019 entre Brasil e Bolívia nesta sexta-feira, o Morumbi tem um longo histórico recebendo a Seleção Brasileira. Desde a inauguração do estádio em 1960 até o último jogo disputado na casa são-paulina, foram 29 apresentações da Amarelinha. Apesar do número alto de partidas, a maioria esmagadora se concentrou em amistosos e compromissos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. No contexto continental, o estádio só recebeu um jogo de Copa América, há 40 anos atrás, contra o mesmo time boliviano.

O ano era 1979, entre o título inédito do Guarani e a conquista invicta do Internacional no Brasileirão, o Brasil disputava seu último torneio sob comando de Cláudio Coutinho. Após a frustrante derrota no Mundial de 1978, a Seleção acumulava oito anos sem triunfos e estava no grupo B do torneio sul-americano, com Argentina e Bolívia. Diferente da edição de 2019, a Copa América não tinha sede fixa, e as equipes faziam confrontos de ida e volta em cada país.

Após derrota de 2 a 1 na altitude de La Paz para os bolivianos na estreia, a Amarelinha se recuperou com vitória em clima de revanche contra a Argentina, em novo 2 a 1, no Maracanã. Já com um revés na conta, o time de Coutinho tinha a obrigação de vencer a Bolívia para para eliminar La Verde e se manter vivo para o confronto contra os argentinos em Buenos Aires.

Com o empurrão de quase 110 mil pessoas, a Seleção entrou em campo favorita, confiante, mas inquieta. Os mandantes atacaram, atacaram e nada de bola na rede. 0 a 0 no intervalo para a impaciência dos espectadores e Coutinho. "O culpado desse empate no 1º tempo foi o juiz e a falta de sorte. Só isso", relatou o então pressionado comandante ao jornal Gazeta Esportiva. O técnico reclamava da benevolência do árbitro com os adversários, que faziam duras faltas nos brasileiros e não eram punidos com o cartão amarelo.

Zenon, jogador da Seleção Brasileira, durante partida contra a Bolívia, válida pela Copa América de 1979 (Foto: Acervo/Gazeta Press)

Como a noite era mesmo de ironias, o Brasil chegou ao segundo gol já nos acréscimos, com Zico em assistência de Palinha. O substituto de Zenon cobrou escanteio e os bolivianos vacilaram e deixaram o camisa 10 da Seleção livre da área. O craque do Flamengo emendou um sem-pulo de primeira para garantir a vitória.

Após o gol, os bolivianos se desentenderam com os brasileiros. A confusão se generalizou e demorou alguns minutos para ser resolvida. Com o 2 a 0 no placar, a Seleção garantiu a vantagem do empate na Argentina devido ao saldo de gols, superior ao da Bolívia. Uma semana depois, o Brasil empatou por 2 a 2 em Buenos Aires e garantiu a vaga do grupo. A última campanha de Coutinho à frente da equipe, porém, não durou muito mais. A Amarelinha caiu logo depois, nas semifinais, para o Paraguai, após derrota por 2 a 1 em Assunção e empate por 2 a 2 no Maracanã.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2X0 BOLÍVIA

Local: Morumbi, em São Paulo (SP)

Data: 17 de agosto de 1979, quinta-feira

Árbitro: José Vergera (Venezuela)

Assistentes: Ramires (Chile) e Martinez (Peru)

Público: 109.735

BRASIL: Leão; Toninho, Amaral, Edinho e Junior; Baptista, Zico e Zenon (Palinha); Nilton Batata (Tita), Sócrates e Zé Sérgio. Técnico: Cláudio Coutinho.

BOLÍVIA: Jumenez; Vargas, Espinoza, Vaca (Delfim) e Del Llano; Gonzales, Romero e Aragonez; Borja, Reynaldo e Aguillar. Técnico: Ramon Blacutt.

Gols: Tita, no primeiro minuto do 2º tempo, e Zico, aos 46 minutos do 2º tempo (Brasil).

*Especial para a Gazeta Esportiva

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade