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Vini Souza brilhou na Premier League mesmo rebaixado e mira 'volta' à seleção: 'Não tenho pressa'

Ex-Flamengo fala ao 'Estadão' sobre destaque no Sheffield e sonhos para carreira, relata parceria com a família e a namorada Anitta e conta como aprendeu novo idioma com filmes

18 out 2024 - 06h30
(atualizado em 22/10/2024 às 14h25)
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Dois Campeonatos Cariocas, Brasileirão, Libertadores, Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil. Esses são os títulos de Vinícius Souza, volante do Sheffield, em oito jogos que fez no Brasil, pelo Flamengo. Referência na posição na Premier League de 2023/24, mesmo com seu time rebaixado, o jogador foi o terceiro com mais roubadas de bola no campeonato e, nesta temporada, é o capitão que comanda a equipe para retornar à elite, enquanto desperta interesse de clubes da Europa.

Apesar de sair do Brasil sem se tornar uma grande estrela, Vinicius ainda tem o que mostrar ao torcedor brasileiro. Como muitos, ele sonha em integrar a seleção. "Meu foco sempre foi esse", conta.

"Eu nasci no Brasil. Minha família é toda brasileira. Todo mundo sonha com a camisa amarela. Claro que tudo no tempo de Deus. Eu não tenho pressa. Vou trabalhando aqui numa boa também. Se não for convocado, não tem um nenhum tipo de tristeza. Os jogadores estão lá também estão fazendo por merecer", avalia.

Atualmente com 25 anos, o volante nunca foi convocado, apenas treinou com o grupo de 2018, sob comando de Tite. Na época, repercutiu uma entrada dele em Neymar, situação que ele já contou de forma bem humorada em um podcast.

Desde que foi para a Europa, Vinicius potencializou sua noção tática, principalmente com a competitividade de LaLiga e Premier League. Entre as duas, ele considera o Campeonato Inglês o mais desafiador, mas já se sente confortável nos gramados britânicos.

"Na Premier League, sem dúvida, (o maior desafio) foi o mapeamento do campo. Na LaLiga, você tem mais tempo para pensar. Você não tem esse milésimo de segundo na Premier League", analisa. "É um trabalho que às vezes é chato no treino, e juntando com inglês, mas consegui me adaptar com o tempo e me vejo muito seguro. Mesmo que não seja bom, são coisas que logo você entende", confessa.

Vinicius pareceu entender bem. Ele tem 47 jogos com a camisa do Sheffield. Na atual temporada, são nove, todos na equipe titular, com seis vitórias e três empates. Ele terminou a Premier League 2023/24 como terceiro jogador com mais roubadas de bola, somando 125, atrás somente de João Gomes (do Wolverhampton, com 128) e João Palhinha (do Fulham, com 152).

O cenário era adverso. O Sheffield foi lanterna na temporada passada, com apenas 16 pontos. Vini avalia que, após o descendo, com ambição de subir novamente, o time mudou. "Todos nós estamos desfrutando mais", conta.

Na atual temporada, na segunda divisão, a equipe começou com menos dois pontos, punição pelo não pagamento de dívidas a outros clubes. Agora, é a segunda colocada, com 19 pontos, mas com saldo menor que o líder Sunderland.

Vini Souza é 'colado' com família e namorada e gosta de filmes de máfia e reggaeton

A estreia de Vinicius no Flamengo foi na final da Taça Rio do Campeonato Carioca de 2019, contra o Vasco. O empate por 1 a 1 deu o título ao Flamengo, que disputou a final do Estadual contra os vascaínos e levou o título. "Nesse jogo (de estreia) tinha muito companheiros da época da base. Então foi um sentimento muito doido de uma felicidade. Porque logo no teu primeiro jogo, sua estreia, você já vai num clássico, Maracanã lotado, e consegue o título", relembra.

O ano de 2019 foi de acompanhamento daquele Flamengo que destoou no futebol brasileiro. A virada para 2020 poderia ser uma consolidação, mas a pandemia de covid-19 adiou campeonatos. Diante de uma proposta para ir à Europa, Vinicius teve a primeira mudança na carreira.

"Foi uma decisão que tomei com meus pais ali no momento que era ainda pandemia. Vinha jogando um pouco no Flamengo, pensava que eu deveria ir para outros caminhos. Não foi uma decisão tão difícil de ser tomada, porque eu vim construindo metas na minha vida. Queria vir para a Europa. Foi tudo bem-planejado junto do meu pai, da minha mãe, nunca pensamos dois passos a frente, sempre degrau por degrau. E hoje eu tô aqui realizando todos os sonhos", conta.

Os primeiros meses foram de solidão, mas marcaram uma fase de amadurecimento do atleta carioca. Quando chegou a proposta do Espanyol, ele conversou novamente com os pais, que o encontraram já em Barcelona. "O elenco me recebeu super bem. Eu já estava bem no espanhol, porque eu sempre gostei de série, filme, música em espanhol. Foi uma mudança muito importante par ao Vinicius de hoje, que chegou na Inglaterra".

Os filmes favoritos são de época que abordam temas relacionados à máfia, de preferência em espanhol. Na música, o gênero favorito é o reggaeton, de origem latina e caribenha. Coincidentemente, é um dos estilos musicais explorado pela cantora Anitta, com quem Vini tornou público o namoro no último mês.

Apesar do burburinho midiático que o casal causa, o jogador é discreto ao destacar a relação e a cumplicidade com a família. "Lógico que eu já tive um momento que gostei de ir para a rua, quando eu era mais novo. Desde que cheguei na Espanha, prefiro ficar em casa, curtir meus filhos. Hoje eles estão no Brasil, mas, daqui a pouco, eles já vem para cá ficar comigo. Meus pais também estão vindo. Tem minha namorada. Minha irmã mora próximo", cita. Vinicius é pai de Théo, de 3 anos e de Maria Eduarda, de 1.

A entrevista com o Estadão aconteceu no começo da noite no horário de Inglaterra. Vinicius tinha chegado recentemente do treino. A rotina corrida é desafiadora, mas ele entende que faz parte da carreira. "Agora que eu vou ter o meu tempo de assistir a um filme", conta. Provavelmente, era um longa na língua espanhola.

Estadão
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