O entrevero que marcou e suspendeu o clássico entre Boca Juniors e River Plate na Bombonera segue tendo consequências. Neste sábado, o River emitiu comunicado informando que o atacante Sebastián Driussi, de 19 anos, está internado em um hospital de Buenos Aires com um tipo de inflamação cerebral conhecida como encefalite.
Convocado para a seleção sub-20 da Argentina que disputará o Mundial da categoria em junho, o jovem jogador deixou o treino deste sábado alegando fortes dores de cabeça e foi encaminhado para um hospital de Buenos Aires.
De acordo com a agência de notícias Télam, Driussi passou por uma tomografia computada e um encefalograma, além de ter realizado exame de sangue. A princípio, o jogador não é considerado como paciente em estado grave.
A situação do jovem atleta é mais um dos efeitos do contato da equipe com a substância tóxica utilizada no túnel do River na quinta-feira, quando os rivais se enfrentaram na casa do Boca.
Segundo a perícia, a substância utilizada seria um composto caseiro chamado mostacero, formado por pimenta caiena, pimenta picante e ácido para fermentação, que pode causar danos graves. A mistura é muito utilizada em rebeliões carcerárias na Argentina.
O ocorrido segue sob investigação da Conmebol e pode culminar na eliminação imediata do Boca Juniors, como prevê parte da imprensa da Argentina. Deste modo, o River Plate estaria automaticamente garantido nas quartas de final da Libertadores, nas quais enfrentaria o Cruzeiro.
O clássico entre Boca Juniors e River Plate, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, tinha tudo para ser um grande jogo, mas se tornou um fiasco, atrapalhado por spray de pimenta, drone e outros fatos lamentáveis. Ponzio (dir.) foi um dos jogadores que mais sentiu dor por causa do spray de pimenta
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Problemas ocasionados pelos torcedores do Boca foram os responsáveis pelo adiamento do jogo
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Jogadores buscaram alívio com água, mas demoraram para se recuperar
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Após o intervalo, jogadores do River voltaram com ardência nos olhos e no nariz, além de manchas vermelhas nas camisetas e no corpo
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Presidente do River, Rodolfo D'Onofrio entrou em campo para discutir a situação
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Cavenaghi deixa o campo protegido pelos escudos da polícia
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Delegado da Conmebol, Roger Bello (centro) conversa com o árbitro do duelo, Dario Herrera
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Técnico do River, Marcelo Gallardo teve bastante dificuldade para deixar o campo do Boca
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Primeiro tempo do jogo terminou 0 a 0, com muitas faltas e brigas dos jogadores em campo
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A festa da torcida do Boca até começou bonita
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A brincadeira do "fantasma da Série B" é comum na Argentina desde 2011
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Drone voou perto da torcida e até do gramado
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Driussi usa toalha para tentar aliviar sensação deixada pelo gás
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Martinez e outros jogadores do River ficaram com dificuldades para abrir os olhos após o intervalo
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Ponzio mostra no rosto o estado que os atletas do River ficaram após gás de pimenta
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Drone do "Fantasma de la B" apareceu no pior momento possível