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"Vítima", Maradona pode ser julgado por difamação à Receita

21 jan 2015 - 14h23
(atualizado às 17h16)
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O ex-jogador Diego Maradona poderá ser julgado por difamação após se dizer vítima de uma perseguição injusta promovida pelo Equitalia, órgão responsável pela fiscalização do pagamento de impostos na Itália e que o acusa de sonegar 40 milhões de euros durante sua passagem pelo Napoli.

A promotoria de Roma solicitou a realização de um julgamento - a decisão será tomada pela juíza Chiara Giammarco, no dia 18 de março. O ex-presidente do Napoli, Attilio Befera, e o advogado do argentino, Angelo Pisani, também podem ser julgados.

<p>Maradona se diz vítima de perseguição injusta promovida pela Receita da Itália</p>
Maradona se diz vítima de perseguição injusta promovida pela Receita da Itália
Foto: Paolo Bruno / Getty Images

O promotor Nicola Maiorano, segundo a imprensa italiana, acusa Maradona de ter declarado, por várias vezes, tanto em discursos públicos como em reuniões privadas, ser "vítima de uma perseguição instrumental por parte da Equitalia".

O ex-craque argentino ainda teria afirmado que o órgão usou "documentação falsa e procedimentos irregulares". Maradona afirmou, por meio de nota divulgada por seu advogado, que não houve difamação porque "o direito de se defender está contemplado na Constituição".

"Maradona só exerceu legitimamente nas instâncias competentes seu direito de se defender e afirmar sua inocência. Ele foi uma vítima midiática de exigências injustas e infundadas", destacou Pisani em declarações à imprensa italiana.

<p>Ídolo argentino está envolvido em mais uma polêmica</p>
Ídolo argentino está envolvido em mais uma polêmica
Foto: Gabriel Rossi/STF / Getty Images

Os advogados da Equitalia, Emilio Ricci e Antonella Follieri, denunciaram uma "grande campanha degradante por parte da imprensa". Segundo eles, o órgão é descrito pelos veículos de comunicação italianos como "injusto e prevaricador".

O Fisco italiano exige que o argentino desembolse 40 milhões de euros por não ter pago o imposto relativo às pessoas físicas durante a segunda metade da década de 80, quando jogava no Napoli. Maradona sempre argumentou que ele não se ocupava de tais assuntos fiscais e que quem o tinha que fazer, a direção do clube, não se ocupou disso.

EFE   
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