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Gana nega manipulação de resultado e entra com ação legal

23 jun 2014 - 12h41
(atualizado às 13h04)
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Seleção de Gana joga contra Portugal, em busca de uma vaga nas oitavas de final da Copa
Seleção de Gana joga contra Portugal, em busca de uma vaga nas oitavas de final da Copa
Foto: AFP

A Associação de Futebol de Gana (GFA, na sigla em inglês) negou nesta segunda-feira reportagens da mídia britânica segundo as quais teria concordado em manipular o resultado de partidas internacionais e pediu à polícia de seu país que investigue dois funcionários da GFA ligados aos acertos segundo as reportagens.

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O jornal Daily Telegraph e o programa Dispatches da rede de TV Channel 4 de Londres disseram ter descoberto o caso durante uma investigação de seis meses sobre manipulação de resultados.

O presidente da GFA, Kwesi Nyantakyi, afirmou que os relatos são “uma representação de meias verdades e meias mentiras”.

“Não é verdade que concordamos com pessoas que pretendem organizar partidas segundo suas conveniências entre nossa seleção e qualquer adversário no futuro”, disse ele em Maceió, onde Gana tem sua concentração na Copa do Mundo.

Um repórter do diário britânico e um ex-investigador da Fifa alegaram representar uma empresa que compraria os direitos de sediar amistosos.

Os dois falsos representantes afirmaram poder recrutar árbitros que manipulariam os resultados, e o Daily Telegraph disse que um contrato que submeteram à GFA especificava as condições do acordo, incluindo quem indicaria os juízes.

O Telegraph exibiu um vídeo em seu site que mostra o que disse ser uma reunião entre autoridades da GFA e o ex-investigador da Fifa na qual a manipulação foi discutida.

“A Associação de Futebol de Gana pediu à polícia de Gana que investigue duas pessoas que atuaram em nome da GFA com objetivos escusos”, disse a associação em um comunicado em seu site.

“A GFA não assinou o contrato e os dois cavalheiros não fizeram tais propostas de corrupção à GFA ou seus funcionários. Queremos garantir ao público que não iremos tolerar tais atitudes escusas, e iremos buscarsanções severas contra tais indivíduos se ficar provado que tais afirmações forem verdadeiras”.

“Explicamos (as alegações aos jogadores), e nosso motivo é blindá-los de algumas destas publicações provocadoras que almejam perturbar a concentração do time”, acrescentou Nyantakyi nesta segunda-feira.

“Eles parecem apreciar o que estamos tentando fazer. Posso garantir a todos que essas reportagens negativas não têm efeito negativo na psique e na concentração de nossos jogadores.”

A Fifa disse ter conhecimento do caso apenas peloas meios de comunicação. Segundo a porta-voz Délia Fischer, o assunto não algo que preocupe para prejudicar a imagem ou a lisura da Copa do Mundo. Michel D’Hooghe, membro do Comitê Executivo da Fifa, também se pronunciou: “não sei de nada e não posso falar sobre documentos que não sabemos”.

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