Geração da Bélgica terá 'última chance' de disputar a Copa do Mundo em alto nível e chegar ao topo
Apesar de ter feito a melhor campanha da história do país em 2018, Diabos Vermelhos ainda não disputaram um decisão ou ergueu uma taça para coroar a talentosa safra
Ao longo da última década, a Bélgica viu despontar uma safra de jogadores de qualidade em todas as posições. Com atletas de alto nível e destaques no futebol do Velho Continente, essa geração se consolidou como favorita nas competições. Todavia, jamais ergueu uma taça ou chegou às decisões. No Qatar, a equipe terá o peso de ser a 'última chance' de tentar conseguir a coroação.
No último ciclo, os Diabos Vermelhos lideraram o ranking da Fifa por um longo tempo (atualmente é a Seleção Brasileira), ainda mais após o triunfo sobre o Brasil nas quartas de finais do último Mundial. A geração liderada por Thibaut Courtois, Kevin De Bruyne, Eden Hazard e Romelu Lukaku ainda não chegou ao topo, mas diferente dos últimos anos, não é franca favorita em 2022.
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Os dois primeiros vivem momentos mágicos em suas carreiras e figuram entre os melhores do mundo em suas posições. Courtois foi o algoz da seleção brasileira em solo russo e, desde então, só evoluiu tornando-se o melhor goleiro do mundo. De Bruyne, por sua vez, comanda o meio do Manchester City com grandes atuações e tem qualidade para ser um dos melhores do Mundial.
Por outro lado, a dupla Hazard e Lukaku chega em baixa, algo bem diferente de quatro anos atrás. O jogador do Real Madrid foi reserva em boa parte do ciclo e a falta de ritmo de jogo pode pesar em uma competição intensa e bem disputada. O atacante está lesionado e, muito provavelmente, será desfalque nos primeiros jogos do Grupo F.
Melhor campanha da história, mas sem erguer taças
No primeiro Mundial desta geração, em 2014, a Bélgica avançou em um grupo com Argélia, Rússia e Coreia do Sul. No mata-mata, passou pelos Estados Unidos apenas na prorrogação, mas foi derrotada pela Argentina, no Mané Garrincha. Os hermanos viriam a perder a Copa para a Alemanha, no Maracanã.
Na Eurocopa de 2016, os Diabos Vermelhos estrearam com derrota para a Itália, mas conseguiram se recuperar ao longo da competição. No entanto, foram eliminados para País de Gales, que é bem inferior tecnicamente, nas quartas. Era a primeira vez em que o adversário disputava a competição na história.
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Na Rússia, a geração de ouro chegou à Copa como uma das grandes favoritas. O início foi tranquilo contra Panamá, Tunísia e Inglaterra, mas enfrentou dificuldades contra o Japão. Diante do Brasil, uma boa atuação levou o time à semifinal. Mas a chave não foi favorável e caiu para a campeã França.
Foi a melhor campanha da história da Bélgica em Copas, superando o quarto lugar de 1986, no México. Naquela ocasião, surpreendeu o mundo, mas parou diante de um dos maiores craques da história: Diego Maradona. O único título na modalidade foi conquistado nos Jogos Olímpicos da Antuérpia (na própria Bélgica), em 1920, com a medalha de ouro.
Recentemente, iniciou a Eurocopa 2021 com sequência de vitórias, mas não resistiu à mais uma campeã, a Itália, novamente nas quartas. Por fim, decepcionou na Nations League, mas nadou de braçada nas Eliminatórias e foi a primeira europeia a carimbar o passaporte para o Qatar.
Os principais nomes do ciclo que se iniciou lá atrás com Marc Wilmots e segue nas talentosas mãos de Roberto Martínez chegaram ou passaram a casa dos 30 anos. Sendo assim, será a última Copa em alto nível para grande parte do elenco, que já marcou história em seu país, mas que pode chegar ao topo do mundo.