Brasil fecha participação no Mundial de Ginástica de Trampolim com os melhores resultados da história
A delegação brasileira que competiu na 36ª edição do Mundial de Ginástica de Trampolim, em Sófia, na Bulgária, retorna ao País com a satisfação de ter registrado os melhores resultados de sua história. Pela primeira vez, o Brasil emplacou presença em uma final.
Neste final de semana, no sábado, Alice Hellen e Camilla Gomes conseguiram a sétima colocação no sincronizado. A dupla teve problemas na execução da série e acabou ficando com uma nota bem abaixo da obtida na classificatória. Naquela fase, as duas conseguiram registrar 48.640. Com esse resultado, teriam conseguido a medalha de prata.
Na semifinal individual feminina, que pela primeira vez teve duas brasileiras, elas chegaram bem perto da final. Alice foi a 12ª colocada, com a nota 53.480, a poucos décimos da neozelandesa Madaline Davidson, que conseguiu a oitava e última vaga na final com 54.150. Camilla ficou com a 13ª posição, bem perto da conterrânea, com 53.410.
Na avaliação de Tatiana Figueiredo, coordenadora da Seleção Brasileira de Ginástica de Trampolim, a participação na competição na capital búlgara deixa o grupo otimista quanto às perspectivas para 2023. Pela primeira vez, o Brasil tentará obter classificação em quadra para os Jogos Olímpicos. No Rio-2016, Rafael Andrade pôde ser inscrito porque o País foi o país-sede.
Foto: Divulgação/CBG
"O próximo ano será importantíssimo para a nossa Ginástica de Trampolim. Teremos as etapas da Copa do Mundo, que darão vagas olímpicas e o próprio Mundial Pré-Olímpico de Birmingham (Inglaterra), em novembro, sem dúvida a principal competição no nosso calendário. Além disso tudo, teremos os Jogos Pan-Americanos de Santiago, uma competição muito especial para nós", disse Tatiana.
"Este Mundial de Sófia nos encheu de confiança. Ficamos muito felizes, tanto com os resultados individuais como com os do sincronizado. A Alice e a Camilla estão sempre se mantendo entre as 15 melhores do mundo, em posições muito expressivas. Na final do sincronizado, tínhamos muitas chances, mas infelizmente tivemos alguns problemas, e o trampolim é isso - tem que executar ali na hora. E o Rayan (Dutra) competiu aqui de uma forma fantástica. Ele passou por uma cirurgia na coluna poucos meses atrás e se superou, o que nos deixa muito esperançosos", completou.
Camilla, sexta colocada na fase classificatória no Mundial de 2021, em Baku, é uma atleta que ainda poderá proporcionar muitas alegrias ao Brasil, segundo Tatiana. "A Camilla tem um potencial enorme. É uma atleta muito forte, bem conhecida pela arbitragem. Ela faz uma série de 15 pontos, de altíssimo nível. Tem boa execução, alto nível de dificuldade, TOF (tempo de voo) alto. Se, na hora da competição, ela conseguir replicar tudo o que faz nos treinos, poderá sem dúvida realizar uma excelente série", arrematou a treinadora.
Confira os resultados do Brasil no Mundial de Ginástica de Trampolim:
FINAL - SINCRONIZADO FEMININO
1º - Japão (Hikaru Mori e Megu Uyama) - 50.590
2º - França (Marine Jurbert e Lea Labrousse) - 46.140
3º - México (Mariola Garcia e Dafne Loza) - 45.260
4º - China (Xinxin Zhang e Yicheng Hu) - 45.130
5º - Canadá (Sarah Milette e Sophiane Methot) - 43.660
6º - Estados Unidos (Cheyenne Webster e Nicole Ahsinger) - 10.160
7º - BRASIL (Alice Hellen e Camilla Gomes) - 5.590
8º - Grã-Bretanha (Isabelle Songhurst e Bryony Page) - 5.340
CLASSIFICATÓRIA - SINCRONIZADO MASCULINO
1º - França 2 - 52.130
2º - Japão 2 - 51.330
3º - Alemanha 2 - 50.640
4º - Japão 1 - 50.620
5º - Dinamarca 2 - 50.540
6º - Itália 1 - 50.490
7º - Portugal 1 - 50.310
8º - Estados Unidos 2 - 50.140
9º - Estados Unidos 1 - 49.710
10º - Espanha 2 - 49.430
11º - Alemanha 1 - 49.330
12º - Grã-Bretanha 1 - 49.300
13º - Cazaquistão 1 - 49.150
14º - Áustria 1 - 49.100
15º - França 1 - 49.060
16º - Grécia 1 - 48.610
17º - BRASIL 1 - 48.210
18º - Colômbia 1 - 47.520
19º - México 1 - 47.060
20º - Holanda 1 - 46.940
21º - Holanda 2 - 46.770
22º - Portugal 2 - 44.240
23º - Austrália 2 - 42.940
24º - Uzbequistão 1- 40.920
25º - Ucrânia 1 - 40.830
26º - Polônia 2 - 38.820
27º - Austrália 1 - 32.180
28º - Canadá 2 - 29.450
29º - Nova Zelândia 1 - 23.240
30º - Ucrânia 2 - 16.000
31º -China 2 - 15.770
32º - Turquia 1 - 15.570
33º - Polônia 1 - 14.840
34º - Colômbia 2 - 14.130
35º - República Checa 1 - 13.500
36º - Espanha 1 - 10.190