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Ginástica

Brasil ganha medalha de bronze na etapa de Atenas da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica

18 mar 2023 - 16h54
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A Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica alcançou uma conquista inédita. Neste sábado, ao registrar 28.850 na série mista (duas bolas e três fitas) na etapa de Atenas da Copa do Mundo, o Brasil chegou a 63.850 no geral, o que o colocou na terceira colocação. No primeiro dia da fase classificatória, o conjunto comandado por Camila Ferezin havia ficado na segunda colocação na série de cinco arcos, ao obter a nota 35.000. O ouro e a prata ficaram com Israel (65.450) e Bulgária (64.700), respectivamente.

Foto: Brasil entra de vez na elite internacional da GR com medalha de bronze no geral ( Klodian Lato) / Gazeta Esportiva

O Brasil já havia subido ao pódio duas vezes em etapas da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica: conseguiu o bronze em Pesaro, na Itália, no ano passado, e em Minsk, a capital de Belarus, em 2013. No entanto, essas duas medalhas foram conquistadas na série mista. Nos Jogos Olímpicos, apenas a disputa no geral rende medalhas. A conquista neste final de semana, portanto, sinaliza que o Brasil se firma como candidato real ao pódio nas Olimpíadas de Paris-2024.

"Se alguém tinha dúvida, agora não resta nenhuma: o Brasil entrou oficialmente para a elite internacional na Ginástica Rítmica. Nós, na CBG, nos sentimos felizes demais. Fui treinadora e sempre sonhei com este dia. Há alguns anos, esse sonho parecia um delírio, porque era muito grande a distância que nos separava das grandes potências, sobretudo as do Leste Europeu. Mas nós trabalhamos muito, nos estruturamos, escalamos um verdadeiro dream team [time dos sonhos] que é a nossa comissão interdisciplinar, formamos essas meninas fantásticas, e hoje estamos aí, competindo de igual para igual no mais alto nível", disse a presidente da CBG, Luciene Resende.

Muito emocionada com a conquista, a treinadora Camila Ferezin constatou que todo o planeta da Ginástica Rítmica já enxerga o Brasil com outros olhos.

"Logo depois da nossa apresentação nos arcos, todos os outros times começaram a nos observar. Estão de olho na gente agora. Acho que esta é uma vitória de muitas entidades, de muita gente. Tivemos alguns problemas para formar esta equipe, mas conseguimos superá-los, porque temos 12 ginastas treinando lá em Aracaju. Esta é uma vitória das nossas meninas, da CBG e do COB. Muita gente nos empurrou para chegarmos aonde estamos", afirmou a treinadora.

Camila explicou, ainda, qual o significado da conquista.

"Este resultado ratifica a medalha que conseguimos em Pesaro, confirma o que mostramos num excelente Mundial, no qual, por pouco, não subimos ao pódio. Estamos escrevendo a história por cima da história", continuou.

Sempre atenta à possibilidade de ganho de qualquer décimo de ponto, a comissão técnica resolveu trocar a coreografia da série de cinco arcos, que já era nova, baseada na música "Fantasy On Ice".

"Aquela coreografia era belíssima, simulávamos movimentos de patinação e tudo. Mas aqui no exterior, os árbitros, torcedores e todo o público interessado em Ginástica Rítmica querem sempre o Brasil vindo com samba, alegria, nossa cultura. Aí pegamos essa música da Whitney Houston [I Wanna Dance With Somebody], que é um sucesso internacional, mas aproveitamos uma mixagem que tem uns toques de samba e funk e deu tudo certo. Ficou ótimo. Nossa coreografia é um convite para que dancem conosco", finalizou Camila.

Neste domingo, o Brasil ainda vai disputar as medalhas referentes à série de cinco arcos e da série mista, com transmissão ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil, a partir das 10h (de Brasília).

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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