CBG emite nota declarando providências em relação aos abusos
A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) anunciou que tomará providências urgentes para avaliar o caso dos assédios sexuais revelados no último domingo em uma reportagem do programa "Fantástico" da Rede Globo. Em nota, a entidade revela que trabalhará ao lado do Ministério Público do Trabalho para "avaliar o melhor procedimento que o caso requer".
Ainda segundo a publicação oficial, o treinador Marcos Goto será ouvido para se explicar das acusações de comportamento inadequado. Isso porque ele foi citado por diversos alunos por supostamente ter conhecimento dos abusos, porém tratá-los de maneira irônica.
Em nota, o treinador se defendeu afirmando que na época todos tratavam os casos como boatos. "Os fatos narrados nessa matéria, que ocorreram há mais ou menos 12 anos, como foi dito por vários declarantes, os fatos eram tratados como boatos e podem ter gerado algum tipo de gracejo na época por muitos envolvidos na ginástica, inclusive entre os próprios atletas oriundos de São Bernardo do Campo, acolhidos por mim em São Caetano do Sul. Tanto parecia boataria que alguns atletas, alguns inclusive ouvidos na matéria, retornaram a treinar em São Bernardo com o mesmo treinador aqui dito", declarou em nota.
Ainda na nota publicada pela entidade, a Confederação destaca que algumas ações já foram tomadas, como um seminário acerca do assunto, além de aplicações de atividades educativas e preventivas. A entidade revela ainda que todos os casos serão rigorosamente apurados e sancionados em caso da confirmação dos crimes.
Confira a nota completa:
Relativamente à matéria exibida neste domingo no Programa Fantástico, da Rede Globo, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), por meio desta, informa que adotará providências urgentes, em consonância com orientações do Ministério Público do Trabalho, órgão que tem cooperação nessa área, no sentido de avaliar o melhor procedimento que o caso requer.
De todo modo, vale ressaltar previamente que a entidade fará a oitiva do treinador Marcos Goto sobre a acusação de comportamento inadequado.
Quanto aos aspectos preventivos e até repressivos na temática vale reiterar, conforme link abaixo, que a CBG firmou ajuste com o Ministério Público do Trabalho para combate à assédio e abuso moral e sexual, manipulação de resultado, doping e outras formas de violência ou fraudes no esporte.
A instituição já realizou seminário bastante exitoso em parceria com o COB acerca do assunto e implementou ações e atividades educativas e preventivas nesse aspecto. No mesmo sentido, foi aprovado na assembleia geral da CBG o código de ética, e está sendo composto o comitê de ética e integridade da Confederação para processo e julgamento de casos relacionados ao descumprimento da codificação mencionada.
Nenhum caso de Assédio ou Abuso ficará sem rigorosa apuração e eventual sanção, conforme a hipótese.