"Era a atleta paraplégica, agora sou a gay", desabafa Lais
A ex-ginasta Lais Souza quer falar apenas sobre a sua recuperação. Em entrevista à Glamour, publicada no site da revista, a atleta desabafou sobre a repercussão de ter assumido ser bissexual recentemente e acredita que este assunto tira de foco o que realmente é importante em sua história de vida: a luta para voltar a andar.
“Hoje estou solteira. Mas o sexo é normal: posso beijar, transar e amar da mesma forma. Acontece que esse assunto me chateia. Desde que sofri o acidente, ganhei muitos rótulos. Primeiro, era a atleta acidentada. Depois, a atleta paraplégica. Agora, sou a atleta gay. Eu sou ‘só’ a Lais Souza! Por que minha opção sexual tem que ser manchete?!”, disse a atleta, que se acidentou durante os treinos para a Olimpíada de Inverno e, desde então, se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas.
“Quebrei o pescoço, poxa! A gente precisa de manchetes pra isso, pra que cada vez existam mais pesquisas que me tirem da porcaria dessa cadeira!”, completou Laís, que revelou ser bissexual em entrevista à revista TPM em fevereiro deste ano.
Laís Souza ficou internada em um hospital de Miami por quase seis meses em 2014. Depois, seguiu em um apartamento custeado pelo COB até 13 de dezembro, data em que enfim retornou ao Brasil. Neste período, ela fez tratamento com células-tronco – inédito nos EUA – e relatou que a sensibilidade em algumas partes do corpo aumentou.
Diante da evolução continua, Laís fala em minietapas a serem cumpridas. “Resolvi me focar nas minivitórias. A primeira foi respirar sem aparelhos. Como o impacto na medula tinha feito meu diafragma parar de funcionar, tive que fortalecê-lo. Por isso, eu cantava Ana Carolina o dia inteiro no hospital... Tatuei no meu punho um cadeirante se levantando – símbolo do Miami Project e que sou eu! Tenho certeza de que vou voltar a andar”, disse.
Relembre neste especial preparado pelo Terra detalhes do tratamento.