Ginasta americano acusa ex-dirigente da federação de abuso
A condenação do ex-médico da Federação Americana de Ginástica, Larry Nassar, a até 175 anos de prisão por casos de abuso à atletas parece ter realmente mudado a dinâmica do esporte no país e serviu de exemplo para que o problema se tornasse público com cada vez mais casos sendo veiculados pelas próprias vítimas.
Desta vez, o ginasta Andrew Fuller decidiu contar sua história, semelhante a algumas ouvidas durante o julgamento de Nassar. Pelas redes sociais, o atleta americano relatou casos de abusos, também sexuais, por parte do ex-dirigente da Federação Americana, George Drew.
Recrutado pelo membro da entidade esportiva americana para ser treinado, Fuller contou que chegou a morar na casa de Drew e, a partir daí, os casos de abuso se tornaram recorrentes em sua rotina, com ofensas como "primata" e palavras de humilhação, até um caso específico que foi tratado como o extremo.
"Eu acordei no meio da noite, desci as escadas e encontrei o George Drew se masturbando enquanto olhava para Kristle Lowell (ginasta), que estava inconsciente e dormindo por conta dos medicamentos que foi obrigada a tomar", disse Andrew Fuller.
"Eu era forçado a tomar pílulas que não queria. Era forçado a fazer coisas que me humilhavam. Ele me forçava a sair da cama às 6 da manhã para procurar lenha usando apenas cueca no frio que se passa em Michigan. Eu me senti sexualmente humilhado. Um dia eu fui drogado e acordei com uma tatuagem feita sem o meu consentimento", completou.
Fuller ainda reafirmou o desejo de ter tornado o caso público antes, mas acabou, entre outras coisas, traumatizado por tudo o que passou com o dirigente, que deixou o cargo na Federação Americana em junho de 2017 depois de se aposentar.
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