Ginástica dos EUA propõe R$ 2,1 bi a vítimas de Larry Nassar
Federação do país tenta acordo de US$ 425 milhões para encerrar ações judiciais movidas por ginastas que acusam o ex-médico de abuso sexual
A Federação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics) propôs um acordo judicial de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões, pela cotação atual) para colocar um fim nas ações judiciais movidas pelas vítimas do ex-médico Larry Nassar.
A proposta ocorre cinco anos após as primeiras acusações contra o ex-médico da seleção nacional, condenado a 125 anos de prisão por ter abusado sexualmente de centenas de garotas. A medida da USA Gymnastics acontece também três anos e meio depois que a federação entrou com um pedido de falência, esmagada por centenas de processos.
Essa oferta será votada por uma comissão formada pelas vítimas de Nassar durante o processo de falência da entidade. Em um comunicado, o órgão que controla a modalidade nos Estados Unidos disse que o plano foi proposto de forma conjunta com o Comitê, além de ser apoiado por seguradoras.
A quantia está em linha com o acordo de indenização de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,5 bilhões atualmente), assinado em 2018 pela Universidade de Michigan, onde Nassar abusou de várias mulheres e meninas enquanto exercia a sua profissão.
Nassar foi chefe do departamento médico da USA Gymnastics entre 1994 e 2016, período que ocorreram os abusos. Uma de suas vítimas foi a ginasta Simone Biles, um dos grandes nomes da modalidade e considerada uma das maiores atletas de todos os tempos neste esporte. Ela conquistou quatro medalhas de ouro olímpicas nos Jogos do Rio-2016 e também ganhou 19 pódios dourados em Mundiais.