Grandes de Pernambuco defendem mudanças na Copa do Nordeste
Unidos com o propósito de valorizar a Copa do Nordeste, os grandes clubes de Pernambuco -Sport, Santa Cruz e Náutico - querem que o torneio volte às suas origens, com limitação de número de participantes e em período diferente dos Estaduais, ou, se isso não for possível, que haja uma fusão entre as duas competições. A ideia vem ganhando corpo, embora não conte com o apoio de todas as federações nordestinas.
“É um conceito que temos defendido e já manifestamos isso à CBF. Ou a Copa do Nordeste volta a ser uma copa, como foi no início, disputada sem datas que sobreponham os Estaduais, ou é melhor fundir as duas competições”, disse ao Terra o presidente da Federação de Futebol de Pernambuco, Evandro Carvalho.
Para ele, os Estaduais perderam a sua razão de ser e são deficitários. Em sua avaliação, a Copa do Nordeste tem valor de mercado em torno de R$ 100 milhões, se organizada “adequadamente”. Hoje, a competição distribui R$ 28 milhões para os clubes.
“Vivemos no boom das transmissões dos jogos pela TV, na era do Barcelona, do Real Madrid. Tudo mudou e temos que acompanhar isso. Nessa edição de 2017, por exemplo, são 20 clubes na Copa do Nordeste. Não pode, o produto está inchado e isso provoca desinteresse no torcedor. Os três grandes do meu Estado me autorizaram a levantar essa discussão e vamos tentar convencer outros clubes e federações sobre a importância do tema.”
Para o dirigente, uma alternativa seria a criação de duas divisões na Copa do Nordeste, com 10 clubes cada, enquanto que os Estaduais serviriam como classificatórios para uma eventual Série B da Copa – com até quatro clubes ganhando vaga anualmente para a competição.
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