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Sem receber valor pedido, time do Barueri esboça novo W.O.

21 ago 2014 - 19h12
(atualizado às 19h20)
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Em grave crise financeira, o Grêmio Barueri pode ser protagonista de um novo W.O. no Campeonato Brasileiro da Série D. Sem somar nenhum ponto no Grupo 6, a equipe tem um duelo marcado nesta sexta-feira, às 19 horas (de Brasília), diante do Tombense-MG, na Arena. Entretanto, o compromisso possui grande possibilidade de não ocorrer.

Para defenderem o clube paulista diante dos mineiros, os jogadores exigiram do presidente português Alberto Ferrari o pagamento de - pelo menos - 50% dos atrasados, que envolvem quatro meses de direitos de imagem e duas mensalidades salariais. O montante total da dívida equivale a R$ 268 mil.

Todavia, a quantia de R$ 134 mil não foi disponibilizada por Ferrari. Treinando normalmente desde o início da semana, o elenco esperava ter o valor acertado na última quarta-feira, mas o que receberam após as atividades não chega nem a 30% do salário individual.

Neste contexto instável, o advogado do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), Thiago Rino, garantiu que os atletas não entrarão em campo. "Se o presidente não cumprir o acordo, haverá desistência. Não tem volta. O que é certo, é certo. E eles seguem respaldados", sintetizou o jurista, que recordou a lei nº 9.615, de 24 de Março de 1998, responsável por garantir ao atleta profissional a recusa de campeonatos enquanto seus salários - no todo ou em parte - estiverem atrasados em dois ou mais meses.

Entretanto, quando questionado sobre uma possível exclusão do Campeonato Brasileiro da Série D, aliado à suspensão temporária de competições profissionais, Rino se mostrou cauteloso e não consolidou nenhum prognóstico. "É uma questão que precisa ser estudada e vamos analisá-la minuciosamente nos próximos dias. Nosso primeiro julgamento não possui data marcada e sabemos que uma nova desistência pode acarretar danos maiores", encerrou.

Exclusivo: Técnico do Sport projeta futuro e defende Gareca:

Caso semelhante - No início da Segunda Divisão, a Portuguesa foi ameaçada de exclusão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após abandonar o compromisso contra o Joinville, em Santa Catarina, por causa de uma liminar apresentada pela diretoria rubro-verde. Entretanto, em julgamento, a Lusa acabou mantida na competição, onde figura na zona de rebaixamento.

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