Matheus Henrique revela relação com Renato, saída do Grêmio e rebaixamento: 'Chorei vendo o jogo'
Matheus Henrique revela bastidores de sua saída do Grêmio, relação com Renato e tristeza com rebaixamento do Imortal.
Nesta última quarta-feira (14), o ex-volante do Grêmio, Matheus Henrique, que hoje defende o Sassuolo, da Itália, participou do podcast PodPah e falou sobre vários tópicos da sua passagem pelo tricolor gaúcho: relação com o Renato, rebaixamento do Grêmio e saída do Imortal.
Matheus Henrique chegou ao Grêmio ainda na base, onde completou seu último ano do Sub-20, e depois subiu ao grupo principal e viveu uma das épocas mais gloriosas da história do tricolor gaúcho. O volante falou como foi esses anos, onde todo mundo no clube era muito conectado.
- Peguei uma época muito boa no Grêmio, perdemos uma final da Copa do Brasil para o Palmeiras, uma semifinal para o River que foi na "caruda" e uma semi para o Flamengo, os estaduais, quando eu estive lá, ganhamos todos, os clássicos nem se fala (risos), então me dei muito bem. Minha família gosta muito de lá porque ficamos muito tempo ali - disse Matheus.
- Vivi um grupo muito unido, não só com os jogadores, com staff, seguranças, pessoal da cozinha, com todo mundo, então deu uma dorzinha no coração de sair - falou Matheus.
No ano que foi embora, em 2021, Matheus acabou acompanhando o rebaixamento do Grêmio para a Série B como torcedor e revelou como foi este momento para ele, que na época já estava defendendo o Sassuolo.
- Quando o Grêmio caiu eu não estava lá, naquela época eu joguei três jogos do Brasileirão e fui para Olimpíadas, depois disso não voltei. Fui direto para o Sassuolo e me livrei desta situação péssima. Mas no dia que caiu eu lembro que chorei vendo o jogo e mesmo com os jogos sendo de madrugada lá na Itália eu acompanhava todos. Foi um dia bem triste, mas o Grêmio é muito grande e está de volta agora, logo vai ganhar um título - assumiu o volante.
Na época foi visto que a saída de Matheus Henrique para a Europa foi bem demorada e complicada por vários motivos, desde seu ótimo rendimento até a relação com Renato. O volante deu detalhes sobre a sua saída.
- Foi uma negociação que durou umas duas ou três janelas, pois o Grêmio dificultou bastante minha saída porque naquele momento eu estava jogando muito bem, indo para Seleção olímpica e para a principal, e o Renato gostava muito de mim, então demorou mesmo, mas chegou um certo momento que eu estava com 23 e os clubes europeus já olham para essa idade como um número avançado já - comentou o volante.
- Na época eu não podia falar para o Grêmio que eu queria ser vendido, pois se eu faço isso eles iam acabar me afastando e não poderia jogar, então tive que fazer tudo da maneira correta. Antes de tudo isso tive uma briga com outros empresários e isso foi um fator que demorou mais minha saída para Europa - disse Matheus.
Quando fechou com o Grêmio, em 2017, Matheus Henrique revelou que tinha mais duas opções de clubes para assinar: Cruzeiro e Internacional. Porém, o volante assumiu que fechou com o tricolor gaúcho pois queria provar para o clube que eles erraram em dispensar ele da base em 2013 - falou o volante.
- No meu retorno eu tinha na mesa Grêmio, Cruzeiro e Internacional, podia escolher qualquer um dos três. Escolhi o Grêmio porque queria provar que erraram comigo em 2013, quando me dispensaram - comentou Matheus.
No seu período pelo Grêmio, Matheus viveu um dos melhores anos de Renato como treinador do tricolor gaúcho e desenvolveu uma bela relação com ele.
- É difícil você encontrar um jogador que não dá liga com ele, não digo nem dentro de campo, falo de trocar ideia e ser parceiro. Ele é um cara muito sincero, verdadeiro e não gosta de mentira, muito por ter sido jogador. Ele falava para gente "O que vocês fazem lá fora é problema de vocês, eu quero saber no dia do jogo, se você não quiser treinar, não treina, mas se você resolver no jogo não precisa treinar mesmo" - falou Matheus.
- Toda hora (risos). O treino era marcado 15h e a gente tinha que chegar uma hora antes. Vamos supor que você quer chegar cedo e planeja chegar 12h ele (Renato) já ia estar lá, você vai embora às 20h do clube ele ainda vai estar lá. A gente brincava "Pô Renato você não tem vida?". Mas lá em Porto Alegre ele mora em hotel, então ele vive a parada - disse o volante.
- O fato de quando você ganha você não é o melhor do mundo e quando perde não é o pior de todos. Ele sempre prezou muito mais a dedicação, tinha vezes quando a gente perdia que ele falava "Para mim vocês ganharam o jogo - finalizou Matheus.
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Pelo Sassuolo, Matheus Henrique disputou 57 jogos pelo time italiano, marcando quatro gols e duas assistências. O volante deixou o Grêmio após disputar 139 jogos, com 11 gols marcados.