/images.terra.com/2012/10/23/guarani.png "Logo do Guarani")
Negrão insinua “influência política” para explicar dispensas
A reapresentação do Guarani nesta segunda-feira foi marcada por muita polêmica. Insatisfeito com o desempenho do time nas últimas partidas, principalmente na derrota para o Catanduvense, por 3 a 2, no sábado, o presidente Álvaro Negrão anunciou as dispensas do goleiro Douglas, dos zagueiros Gustavo Bastos e Jorge Luiz, do lateral-esquerdo/meia Julinho e do atacante Andrey Nunes. O mandatário também insinuou que a "guerra política" teria influenciado na queda de rendimento de alguns jogadores.
Apesar de não ter citado nomes, Álvaro Negrão afirmou que "existem pessoas que fazem tudo para tomar conta do Guarani, até mesmo prejudicar o clube". Tudo isso acontece um dia antes das eleições presidenciais, marcada para essa terça-feira. Negrão é o candidado da situação, enquanto o atual vice-presidente Horley Senna se candidatou pela oposição. As trocas de farpas entre os dois vem desde o começo do ano.
"A razão principal (das dispensas) foi o que aconteceu em campo nesses últimos três jogos. Tínhamos a melhor defesa do campeonato e de repente leva esses gols. Tudo isso é muito estranho e nos deixou bastante chateados. Temos as eleições e nessas horas tudo pode estar acontecendo. Tinha feito de tudo para evitar que as pessoas atrapalhassem o Guarani, mas parece que não consegui. Não vou acusar ninguém, mas eh muito estranho o que aconteceu", disparou Álvaro Negrão para a Rádio Bandeirantes de Campinas.
O Terra tentou entrar em contato com Horley Senna na tarde desta segunda-feira, mas o celular do vice-presidente bugrino estava desligado.
Dos cinco dispensados, quatro deles foram titulares durante toda a Série A2 do Campeonato Paulista - Douglas, Jorge Luiz, Gustavo Bastos e Julinho. O goleiro e ídolo da torcida, por ter sido um dos responsáveis pelo acesso à elite do Brasileiro em 2009, cometeu falhas grosseiras nos últimos jogos e, aos 33 anos, decidiu que vai pendurar as chuteiras.
"Cheguei ao clube para treinar normalmente e fui chamado pelo Simplício (Luiz Simplício, coordenador de futebol) para explicar minha dispensa. Não me explicar, porque ele também falou que foi pego de surpresa. Ninguém me explicou nada. Após o último jogo deixei claro que precisávamos acreditar até o final e nós (jogadores) não havíamos desistido, mas parece que quem está por trás largou, não acredita mais no acesso", comentou Gustavo Bastos, que tinha contrato até o fim do ano.
Sem vencer há três jogos, o Guarani viu as chances de acesso ficarem bastante reduzidas, caindo para a décima colocação, com 21 pontos, seis a menos que o Marília, quarto colocado. Restam apenas mais quatro rodadas para o fim da Série A2 e o time volta a campo nesta quarta-feira, contra o Santo André, às 15 horas, no Estádio Luiz Perissinotto, em Paulínia.
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