Wijnaldum teme atos racistas da torcida em jogo da Holanda
Meio-campista holandês afirmou que teme a possível repetição de manifestações preconceituosas de torcedores durante novo duelo em Budapeste
O meio-campista Georginio Wijnaldum, da seleção holandesa, revelou seu receio para a partida contra a República Tcheca no que diz respeito a atos racistas por parte da torcida em Budapeste, na Hungria, neste domingo, pelas oitavas de final da Eurocopa. O jogador não descartou a possibilidade de deixar o campo, caso isso ocorra.
"Acho que a Uefa deve nos proteger. Nesse caso, eles podem parar a partida. Não deve ser da responsabilidade dos jogadores. Ainda não descarto a possibilidade de sair do campo se algo assim acontecer no domingo. Mas primeiro gostaria de discutir isso com meus colegas de time. E eu também falaria primeiro com o árbitro. Mas espero que não seja necessário", disse Wijnaldum, em entrevista coletiva.
Na partida entre França e Hungria, no último sábado, em Budapeste, pela penúltima rodada do grupo F do torneio continental, cânticos racistas foram entoados ao longo do jogo, especialmente após finalizações de Kylian Mbappé e Paul Pogba. A Uefa chegou a abrir uma investigação para o caso.
Wijnaldum, que recentemente foi contratado pelo Paris Saint-Germain, também disse que usará uma faixa especial de capitão em forma de apoio à comunidade LGBTQI+, assim como o goleiro alemão Manuel Neuer fez no jogo da Alemanha contra a Hungria.
"Ao usar esta faixa, nós, da seleção holandesa, queremos enfatizar que defendemos a inclusão e a conexão. Somos contra qualquer forma de exclusão e discriminação. Esperamos desta forma apoiar todos os que se sentem discriminados em qualquer parte do mundo", afirmou o jogador.
Holanda e República Tcheca se enfrentam no domingo, às 13 horas (de Brasília), pela próxima fase da Eurocopa. Os holandeses terminaram a fase de classificação como líderes do grupo C, enquanto a República Tcheca foi terceira colocada do grupo D.