CBF tem pedido negado na Justiça, e Icasa segue na Série A
O sonho do Icasa em figurar no Campeonato Brasileiro da Série A segue vivo. Nesta quarta-feira, a juíza Érica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca, negou pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para declinar a ação movida pelo clube cearense, que pede a perda de pontos do Figueirense pela escalação irregular de Luan.
"A ré não trouxe nenhum fato novo aos autos, argumentando acerca dos possíveis prejuízos a torcedores, patrocinadores e detentores dos direitos de transmissão dos jogos e da impossibilidade técnica e logística para implementar a alteração na tabela de jogos neste instante. No entanto, embora se reconheça a dificuldade de cumprimento da decisão, observa-se que é possível, já que há longa sequência de jogos, podendo o clube autor ser adequadamente incluído, apenas com o acréscimo de partidas, cabendo à ré, com toda sua estrutura, providenciar a melhor maneira de colocar isso em prática, com as modificações que entender necessárias", diz a decisão.
"(...) Assim, não se mostra razoável que a ré não tome as medidas adequadas para preservar a credibilidade da competição que organiza e comanda e, depois, quando chamada a responder por supostas falhas na mesma, venha alegar simplesmente que não pode atender às determinações judiciais", completa a juíza.
Com isso, a dois dias do início da Série B do Brasileiro e a três do da Série A, o futebol brasileiro não sabe quem serão os clubes que disputarão seus dois principais torneios. A decisão judicial pede apenas a inclusão do Icasa, sem obrigar necessariamente ao rebaixamento do Figueirense. Caso descumpra a decisão judicial, a CBF está condenada a pagar R$ 100 mil por dia.
As esperanças da entidade era derrubar a liminar dos cearenses nesta quarta-feira, coincidentemente o dia em realizou em sua sede, no Rio, a eleição presidencial - Marco Polo Del Nero foi aclamado sucessor de José Maria Marin.
Antes do "caso Icasa", a CBF enfrentou série de batalhas judiciais por conta do "caso Lusa". A equipe paulista foi rebaixada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela escalação irregular do meia Heverton. Com isso, o Fluminense se salvou da degola.