'Infiltrado russo' na Croácia, Lovren tem histórico de provocação fascista após duelo contra Argentina
Zagueiro do Zenit, Lovren já publicou música com apologia fascista e defendeu a presença da Rússia no Qatar
A Rússia foi proibida pela Fifa de participar da Copa do Mundo em decorrência da guerra com a Ucrânia, mas isso não significa que o futebol russo não esteja representado no Qatar. Zagueiro do Zenit, Lovren tem a chance de colocar a Rússia em evidência representando a Croácia, que irá enfrentar a Argentina na semifinal do Mundial.
Lovren é um dos remanescentes do elenco croata que fez história quatro anos atrás, quando a Croácia surpreendeu o mundo e chegou à final da Copa, sendo eventualmente derrotada pela França, por 4 a 2. No Qatar, ele faz dupla de zaga com Gvardiol e segue sendo peça importante para o sistema defensivo de Zlatko Dalić.
Assim como no torneio disputado na Rússia, a Argentina volta a estar no caminho da seleção croata, dessa vez no mata-mata, e Lovren protagonizou uma polêmica após a vitória por 3 a 0 sobre a Albiceleste.
Em vídeo publicado pelo zagueiro, jogadores croatas foram vistos cantando "Bojna Cavoglave", um tema da banda Thompson, famosa por fazer apologia do regime fascista da Ustacha Croata durante a Segunda Guerra Mundial.
Vale destacar que o ultranacionalismo entrou em cena entre os povos iugoslavos e ganhou projeção também entre os croatas durante a Segunda Guerra, como apontou o Professor de Relações Internacionais da Uerj, Paulo Velasco.
- O ultranacionalismo na Croácia é extremamente forte. Está arraigado e tem uma penetração profunda na sociedade e na política croata. Lembrando que, anos mais tarde, houve uma situação mais drástica: a Ustacha, a extrema-direita croata, foi aliada do Nazismo e do Fascismo na Segunda Guerra. Um momento extremamente radical - declarou Paulo.
Não obstante, Lovren recentemente defendeu a presença da Rússia na Copa do Qatar e destacou que futebol e política não devem ser misturados.
- Estou muito bravo pelo fato da Rússia não estar na Copa do Mundo. Eu sempre disse que esporte e política devem ser separados. A Rússia é uma grande seleção e é uma pena que não esteja no Qatar. Mesmo que fosse esse o caso (a Rússia ter invadido a Ucrânia), eles deveriam ter sido autorizados a participar da Copa do Mundo - afirmou Lovren.
Cercado de polêmicas, o zagueiro quer superar mais uma vez a Argentina e colocar a Croácia pela segunda Copa seguida em uma final. Caso consiga, os croatas podem reeditar a final de 2018, novamente diante da França, ou irão protagonizar uma decisão histórica contra Marrocos.