Entenda o 'transfer ban' do Al-Hilal que atrapalha as pretensões de Grêmio e Internacional
Nomes como Cuéllar e Michael seriam alvos dos rivais gaúchos, mas clube saudita teme não reverter punição
A equipe do Al-Hilal-ARA e sua situação relacionada ao transfer ban imposto pela Federação de Futebol da Arábia Saudita tem sido um verdadeiro empecilho para contratações serem viabilizadas por Grêmio e Internacional na atual janela de transferências, já que nomes como Michael e Cuéllar interessam a dupla gaúcha.
Inicialmente, a expectativa da equipe, que está recorrendo da decisão, era que o tema estivesse solucionado nos primeiros dias de 2023. Entretanto, até o momento, nenhuma novidade no caso ocorreu, e o clube segue proibido de fazer qualquer contratação. Algo que, naturalmente, leva a equipe saudita a reter peças do atual elenco dirigido pelo técnico argentino Ramón Díaz.
Bem diferente do que costuma acontecer com outras equipes em relação a punições de transfer ban, o caso do Al Hilal não se refere a atrasos salariais ou dívidas contraídas em negociações antigas. Na verdade, toda a questão recai sobre a negociação envolvendo a renovação contratual do meio-campista Mohamed Kanno, ocorrida no início de 2022.
Contratado em 2017 junto a outra equipe da Arábia Saudita, o Al-Ettifaq, Kanno se tornou um dos atletas mais longevos e consistentes da equipe, acumulando também convocações e até mesmo a titularidade da seleção da Arábia Saudita. O jogador, inclusive, disputou a Copa do Mundo no Qatar.
Porém, em meio a reta final de seu acordo com o Al-Hilal, ele assinou um pré-contrato justamente com o arquirrival Al-Nassr (equipe que recentemente anunciou a bombástica contratação de Cristiano Ronaldo) antes de chegar a um denominador comum com a sua atual equipe e renovar o vínculo até julho de 2025.
Diante deste cenário, o Al-Nassr acionou a Federação Saudita com uma reclamação formal de vínculo com dois clubes diferentes, onde o órgão que rege o futebol no país deu ganho de causa ao reclamante. Desta forma, o Al Hilal foi punido com o transfer ban de duas janelas (meio de 2022 e fim de 2022/início de 2023), além de uma multa no valor de 7,2 milhões de dólares, equivalente a R$ 38 milhões.