Jogador confessa ter participado de esquema de manipulação de jogo entre Palmeiras e Juventude, diz MP
Nome do atleta envolvido não foi divulgado pelas autoridades
Em coletiva de imprensa na tarde de terça-feira, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) divulgou que um atleta confessou ter participado de esquema de manipulação de resultado de um jogo entre Palmeiras e Juventude, pelo Brasileirão de 2022. O nome do atleta não foi divulgado.
O Ministério Público afirma que foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados.
De acordo com o Ministério Público, estes são os detalhes dos mandados expedidos:
- Goiás: 1 atleta investigado. 1 mandado de busca e apreensão;
- Rio Grande do Sul: 2 atletas investigados, mas ao total são 3 mandados de busca e apreensão;
- Santa Catarina: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e apreensão;
- Rio de Janeiro: 1 pessoa investigada, não é atleta;
- Pernambuco: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e apreensão;
- São Paulo: 2 atletas investigados, sendo no total 10 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão.
ENTENDA O CASO
Na última terça-feira, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) iniciou a Operação Penalidade Máxima II, que visa investigar a atuação de uma organização criminosa na manipulação de resultados de jogos de futebol, inclusive da Série A do Brasileirão. O órgão informou que já foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados brasileiros. Um destes mandados foi contra o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, conforme publicado pelo portal "ND Mais", filiado à "Record TV".
Segundo o MP-GO, há suspeitas de que o grupo criminoso tenha atuado em pelo menos cinco jogos do Brasileirão de 2022, além de cinco partidas de Campeonatos Estaduais deste ano. A investigação descobriu que os criminosos tentavam cooptar jogadores de futebol com ofertas entre R$50 mil e R$100 mil para que interferissem em eventos dos jogos. A interferência beneficiaria os apostadores em detrimento das casas de apostas, que estariam sendo lesadas pelas manipulações.
A nova investigação é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, que identificou suspeita de manipulação em jogos da Série B do Brasileirão no ano passado.