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Jogadoras de basquete da Argentina denunciam terem sido filmadas ao tomar banho em vestiário

Atletas do clube El Talar descobriram que estavam sendo filmadas por um celular no Clube Náutico Sportivo

30 jan 2025 - 13h44
(atualizado às 14h37)
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Atletas de basquetebol do clube El Talar descobriram que estavam sendo filmadas por um celular no vestiário do Clube Náutico Sportivo
Atletas de basquetebol do clube El Talar descobriram que estavam sendo filmadas por um celular no vestiário do Clube Náutico Sportivo
Foto: Reprodução/Instagram:@eltalar.basquet

Atletas de basquetebol do clube El Talar descobriram que estavam sendo filmadas por um celular enquanto tomavam banho no vestiário do Clube Náutico Sportivo Avellaneda, em Rosário, na Argentina. Diante do ocorrido, decidiram não disputar a partida que estava marcada contra o time local e agora exigem justiça. 

“Este tipo de ataque não tem lugar em uma sociedade que procura justiça, igualdade e respeito. É responsabilidade de todos tornar visível, denunciar e trabalhar para erradicar a violência em todas as suas formas. Exijo justiça e um compromisso real para a construção de um mundo livre de violência contra as mulheres”, afirmou a atleta Luciana Delabarba, de 27 anos, em uma postagem nas redes sociais. 

As jogadoras disseram à imprensa argentina que a equipe chegou por volta das 15h ao campo do Náutico para um treino, embora o jogo estivesse programado apenas para as 21h. Segundo elas, a ideia era almoçar, tomar banho e descansar antes da partida.

Em entrevista ao La Nación, Delabarba contou detalhes do ocorrido. “Eu tinha saído do banho e estava começando a me trocar. De repente, olhei para cima e vi, acima da parede – que divide o vestiário feminino do masculino – um braço segurando um celular preto apontando diretamente para os chuveiros e onde eu estava com duas colegas, que também estavam se trocando.”

“No início não entendi muito bem o que estava acontecendo”, acrescentou a atleta. Em seguida, ela pediu que as outras jogadoras abaixassem o volume da música e contou o que tinha visto. “Algumas que já estavam trocadas foram ver se encontravam alguém no corredor e não viram ninguém. Depois fomos todas juntas para os quartos conversar com nossa equipe. Eles se encarregaram, com nossa permissão, de solicitar as câmeras e registrar queixa na delegacia de Rosário”, explicou ela. 

De acordo com a jogadora de basquete, as câmeras de segurança mostraram um menor no local quando o celular as gravava. “A maneira como ele fez isso, aparentemente, é algo que talvez ele já fizesse normalmente porque é um muro bastante alto, você tem que saber como vai escalar para saber exatamente para onde vai mirar na hora de gravar. O menino subiu até o local que apontava para os chuveiros e trocadores”, afirma.

Delabarba ainda contou que depois soube que suas colegas receberam mensagens de preocupação de meninas de outros times que jogaram naquele mesmo local e tinham medo que também tivessem sido gravadas.

“A verdade é que é triste porque, além das equipes de basquetebol que vão jogar no clube Náutico, há também, pelo que vimos, um campo de férias. Há pessoas lá o tempo todo. É muito triste pensar que isso possa ter acontecido antes”, destacou.

“Disseram-nos que a denúncia já foi feita, que será aberta uma investigação no Clube Náutico para disponibilizarem as câmeras e encontrem o menino e sua família, que até terça-feira não havia sido encontrado. Estamos aguardando para saber o que acontecerá e quais serão os próximos passos. Obviamente, queremos que seja feita justiça e que isto não volte a acontecer”, acrescentou Delabarba.

Jogadoras repudiaram o ocorrido

Outras jogadoras do El Talar também utilizaram as redes sociais para denunciar o ocorrido. Rocío Cejas, capitã do time, lamentou a situação em entrevista à El Tres TV. “Ainda não sei se eram fotos ou se estava sendo feito um vídeo, mas teve um impacto enorme para nós. Foi uma situação angustiante”, disse a jovem.

Já Lara Tribouley e Juana Barrionuevo afirmaram ao LN+ que a suspeita é que quem tenha as filmado seja sócio do clube. “Ele é sócio do clube, pelo que nos contaram. Não jogar foi uma forma de protestar contra o que nos aconteceu e é também algo que poderia ter acontecido a outras pessoas, a menores. O clube é muito familiar, tinha mais gente tomando banho, isso também nos preocupa.”

As jogadoras agradeceram o apoio que estão recebendo de equipes de outros clubes e afirmaram que essa "é uma situação difícil de passar e com a qual terão que conviver”.

“Não sabemos o que o menino queria fazer com os vídeos ou com a atitude dele. Não é fácil falar, somos 12, somos uma equipe, é algo que nos fortaleceu e que talvez nos uniu. Cada mulher, cada pessoa, que sofre algo assim, vivencia de uma forma diferente, e faz o que pode. Por isso há a luta das mulheres todos os dias e por isso vamos continuar a lutar”, e acrescentaram: “Também há homens que estão do lado do respeito e da igualdade”.

Fonte: Redação Terra
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