O esquiador Leandro Ribela pode ter se despedido nesta terça-feira de sua carreira em Olimpíadas de Inverno. Aos 33 anos, o brasileiro disputou o sprint masculino no cross country, terminando a prova em Krasnaya Polyana apenas na 80ª colocação. Após a disputa, o próprio Ribela reconheceu que, após a participação na Olimpíada de Inverno de 2014, seu futuro na modalidade é um tanto quanto incerto.
“Eu preciso me reorganizar um pouco agora. Não sei o que me espera nos próximos quatro anos, vamos ver. Preciso descansar um pouquinho, pensar. Estou muito feliz com o que eu conquistei nesses oitos anos me dedicando o tempo todo como atleta. É a segunda Olimpíada, são coisas que eu vou levar para o resto da minha vida. Aprendi muito. Mas, ao mesmo tempo deixei alguns sonhos pessoais, profissionais de lado que eu quero retomar agora”, disse Ribela após a disputa no Laura Biathlon & Cross-Country Center.
Entre os planos para o futuro, Ribela inclui ter filhos e uma profissão à qual se dedicar – ele é economista formado pela PUC-SP. Além disso, pretende construir sua própria casa e dar sequência ao projeto social Ski na Rua, que ele coordena em São Paulo. Por isso, ele mesmo admite que talvez possa ter que deixar as competições de lado e assumir uma função nos bastidores da modalidade.
“Estou com 33 anos, vou completar 34 em março. Com certeza, fisicamente, ainda tenho mais para evoluir; tecnicamente, ainda dá para evoluir. Estou feliz com o que eu estou fazendo, (mas) preciso arrumar meios para me sustentar do esporte. É uma vida boa, muito prazerosa, mas a gente acaba abrindo mão de outras coisas. É hora de tentar encontrar esse equilíbrio nos próximos quatro anos”, disse Ribela, que foi além e deixou o futuro indefinido.
“Vou tentar me reorganizar, correr atrás de alguns apoios, patrocínios. Se der para continuar como atleta, vou continuar muito feliz. Se não der, vou tentar passar minha experiência para os próximos atletas, talvez trabalhar como treinador. Tenho um projeto social, o Ski na Rua, ao qual eu estou dedicando lá em São Paulo, que eu estou desenvolvendo. Tem cada vez mais gente. Quero me dedicar também mais a isso. Projetos, eu tenho vários engavetados pela frente. Só preciso mesmo me reorganizar e ver para que lado eu vou seguir”, completou.
A possibilidade de um ponto final na carreira olímpica de Leandro Ribela pode ajuda-lo ainda a permanecer mais tempo em São Paulo, cidade onde nasceu e onde mora. Depois de cinco anos nos Estados Unidos, onde trabalhou como instrutor de esqui alpino dos 19 aos 24 anos, Leandro disputou sua primeira Olimpíada de Inverno pelo Brasil em 2010, na cidade canadense de Vancouver. Na ocasião, foi 90º colocado na prova de 15 km estilo livre.
Diante de constantes viagens internacionais para competir, ele admite que talvez tenha chegado a hora de colocar o foco em projetos pessoais e profissionais, que o permitam “ter uma vida” e “realizar sonhos”.
“Quando você resolve ser um atleta de alto rendimento, fica muito tempo na estrada. São coisas que você não consegue tocar ao mesmo tempo”, disse ele, que garante o orçamento para competir com o Esporte Clube Pinheiros, com o programa Bolsa Atleta e com a Confederação Brasileira de Desportos na Neve. “Hoje eu sou casado. Quero ter família, quero ter filhos, construir minha casa... São coisas que, como atleta, não tenho uma renda suficiente para isso”, argumentou.
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Rowan Cheshire (Grã-Bretanha): snowboard
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Andrea Keszler (Hungria): patinação short-track
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Benoit Valentim (França): esqui halfpipe
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Chao Wy (China): esqui aéreo
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David Wise (EUA): esqui halfpipe
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Denis Osipau (Bielorrússia): esqui aéreo
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Dow Travers (Ilhas Cayman): esqui slalom gigante
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Emily Scott (EUA): patinação short-track
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Fabiana Santos e Larissa Antunes (BRA): bobsled
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Jaqueline Hernandez (EUA): snowboard
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José Antônio Prada (Venezuela): esqui slalom gigante
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Justin Dorey (Canadá): esqui halfpipe
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Kaetlyn Osmond (Canadá): patinação artística
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Lyman Currier (EUA): esqui halfpipe
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Marianne St. Gelais (Canadá): patinação short-track