Capitã leva Canadá à melhor campanha da história do curling
Em um esporte como o curling feminino, no qual cada vez mais as atletas jovens aparecem com destaque, Jennifer Jones poderia ser apenas uma estrela tardia da modalidade na Olimpíada de Inverno de 2014, em Sochi (Rússia). No entanto, a sorridente canadense, 39 anos, não decepcionou em sua primeira edição de Jogos Olímpicos como capitã da equipe: substituta de Cheryl Bernard, skipper da medalha de prata no Canadá na Olimpíada de 2010, em Vancouver, ela faturou o ouro quatro anos depois com 11 vitórias em 11 jogos.
"Estamos orgulhosas disso", admitiu Jones após o jogo ao falar do feito em Sochi. "É um novo recorde olímpico, e é nosso. É algo que sempre poderá ser igualado, mas nunca batido. Isso é um orgulho para nós”, completou. Até então, o melhor aproveitamento do curling feminino em Olimpíadas de Inverno havia sido alcançado pela Suécia, bicampeã em 2006 e 2010 com campanhas idênticas: nove vitórias e duas derrotas.
Para as companheiras, no entanto, não é o aproveitamento de 100% na Olimpíada de 2014 que torna Jennifer Jones uma capitã especial. "Ela é uma excelente líder. Nunca conheci alguém que pensasse tão 'fora da caixa'", disse Lawes, que brincou ao (não) revelar o que queria dizer com o elogio. "Não posso dizer. É nosso segredo", sorriu.
Lawes, porém, cedeu mais tarde e disse que o mérito de Jones, 39 anos, "é mais ou menos tentar achar maneiras para sermos mais consistentes". Para as companheiras, as conversas frequentes com a capitã e a mente aberta às discussões ajudam a equipe a conquistar melhores resultados nas disputas.
O debate é especial para Jill Officer, second da equipe e amiga de Jennifer há 20 anos. As duas se conheceram quando Jennifer estava começando sua carreira no Highlander Curling Club, em Winnipeg, e chamou Jill em uma máquina de refrigerantes para perguntar se ela tinha interesse na modalidade. Depois de uma breve pausa na parceria, Jennifer e Jill retomaram a companhia no St. Vital Curling Club, onde jogam juntas há mais de dez anos.
“Ela me motivou aos longos dos anos, me fez uma jogadora melhor. Devo muito a ela por ser a second do nosso time. Eu concordo que ela é uma das melhores capitãs do nosso time – ela é determinada, uma líder. Nós duas nos tornamos juntas boas atletas”, disse Officer, 38 anos. “Estes últimos anos foram muito bons, nós gostamos de jogar juntas”, completou.