Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Jogos de Inverno

Festejada em Sochi 2014, Mourão vê reconhecimento por "não ficar chorando"

Em quinta Olimpíada, brasileira rebate falta de neve no Brasil como obstáculo para prática de esportes de inverno e espera formação de atletas

11 fev 2014 - 14h31
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Jaqueline Mour&atilde;o parou nas classificat&oacute;rias do esqui alpino cross country nesta ter&ccedil;a-feira</p>
Jaqueline Mourão parou nas classificatórias do esqui alpino cross country nesta terça-feira
Foto: Getty Images

Em sua segunda prova na Olimpíada de Inverno de 2014, em Sochi (Rússia), Jaqueline Mourão esteve longe de incomodar as rivais. Ao final da primeira bateria eliminatória do sprint feminino no cross country, a brasileira foi apenas a 65ª colocada, dentre as 67 inscritas. Mesmo assim, ganhou boa parte das atenções do público e da imprensa.

Durante a corrida de Jaqueline, os locutores do Laura Biathlon & Cross-Country Center lembrava repetidamente no sistema de som das cinco participações da brasileira em Olimpíadas – 2004, 2006, 2008, 2010 e 2014. Em inglês, o locutor ainda disse ser necessário “respeitar” a experiente brasileira pelo currículo. Resultado: no final da prova, ela foi abordada por jornalistas da Suécia e do Canadá para dar entrevistas, além de tirar fotos com o público russo.

“Acho muito legal esse reconhecimento internacional. Durante a minha prova, o locutor falou tudo isso de cinco Olimpíadas. Isso é muito legal, de as pessoas respeitarem o que a gente tem feito”, disse a brasileira.

Mesmo com o resultado discreto, Jaqueline não viu motivos para se abater. Com um início de carreira tardio nos esportes de neve, a experiente brasileira evitou um discurso de derrota, e acredita que a popularização das Olimpíadas de Inverno entre os fãs brasileiros possam ajudar a desenvolver atletas de clima frio, mesmo sem neve no Brasil.

“A gente partiu de bem longe. Eu não nasci em um país com neve - vi neve aos 25 anos, comecei a esquiar aos 27. Acho que eles (estrangeiro) apreciam isso. Não é ficar chorando, ‘ah, não tive oportunidade’, mas ficar buscando o máximo de conhecimento possível, o máximo de representatividade, treinar todos os dias, tentar melhorar suas marcas e tentar fazer seu melhor”, disse Jaqueline, que foi além.

“A gente vem de esporte tropical, mas (para) as pessoas que estão interessadas em participar na neve, é possível. Tem oportunidade, sim, para os atletas mais jovens. Com as Olimpíadas de Inverno, espero que eles possam conhecer melhor os esportes e aproveitar isso também. São esportes lindos, é uma experiência maravilhosa. Acredito que o povo brasileiro, pela dedicação que tem, pela forca de vontade que nós temos em nossos corações, a gente pode ir mais longe”, acrescentou.

Sem Cheryl Bernard, curling “conhece” novas musas; russa sai na frente

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade