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Jogos de Inverno

Odirlei repete desabafo contra "críticos de sofá" do bobsled

23 fev 2014 - 07h57
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<p>Equipe brasileira participa da disputa do bobsled</p>
Equipe brasileira participa da disputa do bobsled
Foto: Reuters

Em meio à comemoração do quarteto brasileiro que disputa o bobsled na Olimpíada de Inverno de 2014, em Sochi (Rússia), um dos atletas do time se mostra mais incomodado: Odirlei Pessoni. Na última quarta-feira (19), o brakeman do Brasil fez um desabafo em sua conta no Facebook, reclamando dos críticos e dos “maus repórteres que pregam a bunda no sofá”, sem citar nomes.

<p>Brasil volta à pista neste domingo</p>
Brasil volta à pista neste domingo
Foto: Reuters

“Aos maus repórteres que pregam a bunda no sofá e só sabem falar mal, e nem conhecem a nossa luta: para chegar em uma Olimpíada, não é só comprar um ingresso. Tem que batalhar e muito. Venham conhecer pelo menos o esporte para depois criticar. Em menos de um ano de treinamento e dedicação, onde foi o inicio da nova administração da CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo), conseguimos estar aqui na Olimpíada”, declarou.

Neste sábado, após a disputa das duas primeiras baterias dos quartetos masculinos no Sanki Sliding Center, Odirlei não citou nomes dos criticados, mas voltou a fazer as críticas. Incomodado, o brakeman reforçou a intervenção sofrida pela CBDG entre 2009 e 2013, até que o atual presidente, Emílio Strapasson, assumisse o posto.

“Muitos estão no Brasil e gostam de criticar. Não sabem a luta. Todos nós deixamos a família – tenho esposa e duas filhas – por três meses para lutar por um sonho. Na emoção, às vezes a gente fala coisa que não deve. A gente está brigando, tentando representar o Brasil da melhor maneira, e escuta uns críticos falarem mal... É muito triste. A gente acaba soltando”, disse o atleta, que foi além.

“(O Brasil) é um país que não tem gelo, mas tem muito talento. Em menos de um ano, a gente classificou para uma Olimpíada. A última descida do Edson (Bindilatti, piloto do time) foi em 2009, que eu estava junto; depois, voltou só em 2013. Ele ficou muito tempo sem treinar, sem pilotar. A Confederação estava bloqueada. Aí o Emílio assumiu, e foi uma correria muito grande para a gente estar aqui nessa Olimpíada. Eu falo para esses críticos: pega qualquer desses times grandes e tenta botar na Olimpíada em um ano para ver se é fácil”, completou.

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O Brasil só conseguiu retomar sua confederação de esportes no gelo em 2013, a ponto de comprar trenós de segunda mão para disputar as competições do bobsled – o do quarteto masculino, adquirido do time suíço, custa cerca de seis vezes menos que os trenós das equipes de ponta. Por isso, para Odirlei, uma preparação adequada em um ciclo olímpico de quatro anos pode até trazer melhores resultados na Olympíada de Inverno de 2018, em PyeongChang (Coreia do Sul).

“Nenhum time aqui se preparou menos de um ano para a Olimpíada. A gente, a CBDG, o Emílio, a gente consegui estar aqui. Para você comprar um trenó bom, é um ano e meio de espera para conseguir. A gente está com esse trenó, é muito bom, trouxe a gente para cá. A gente espera para a próxima Olimpíada estar com um trenó zerado. A gente vai estar brigando entre os 10, se Deus quiser”, completou.

Fonte: Terra
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