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Jogos de Inverno

Saiba quem é o carrasco dos Estados Unidos em Sochi 2014

Canadense Marie-Philip Poulin marcou os dois gols que mudaram a história da final feminina do hóquei

21 fev 2014 - 09h14
(atualizado às 09h42)
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<p>Marie-Philip Poulin foi decisiva em duas oportunidades: marcando o gol de empate no fim da partida e o gol de ouro durante a prorrogação</p>
Marie-Philip Poulin foi decisiva em duas oportunidades: marcando o gol de empate no fim da partida e o gol de ouro durante a prorrogação
Foto: Getty Images

O Canadá ganhou uma nova heroína no hóquei: Marie-Philip Poulin. A jogadora, 22 anos, fez o gol de ouro contra as americanas na vitória por 3 a 2 na decisão em Sochi e deu ao seu país a quarta medalha de ouro seguida em Jogos Olímpicos.

Antes, a camisa 29 já havia sido decisiva. A 55 segundos do fim, as canadenses perdiam por 2 a 1 e já atuavam com goleiro-linha no desespero, quando Poulin aproveitou uma bola perdida e marcou o gol que incendiou o Bolshoy Dome, levando o jogo para a prorrogação.

Depois de ver o ouro escapar, as americanas desabaram no rink desesperadas após ter chegado a liderar o placar por 2 a 0 até 3min30s do fim. Por sua vez, as canadenses "voaram" em direção a Poulin para festejarem uma das maiores viradas da história do hóquei olímpico. 

Além da boa pontaria de Poulin, o clima no ginásio foi todo favorável ao Canadá. Os russos, ainda consternados com a queda precoce do time masculino, não esconderam a rivalidade com os americanos e apoiaram o time vermelho.

Com a conquista, o Canadá faturou o quarto ouro seguido - Salt Lake City 2002, Turim 2006 e Vancouver 2010 - e segue sem perder um jogo olímpico desde Nagano 1998, quando as americanas venceram a primeira edição do torneio feminino.

Carrasca

Poulin, 22 anos, se firmou como uma carrasca da seleção americana. Em Vancouver 2010, ela havia marcado os dois gols da vitória sobre as rivais – nas últimas duas finais olímpicas, ela balançou as redes ianques em quatro dos cinco gols canadenses.

"Não posso acreditar no que ocorreu esta noite. É a melhor sensação do mundo", disse Poulin, sobre a dramática virada. "Nunca desistirmos e sempre acreditamos. Claro que foi duro porque estávamos a poucos minutos do fim com dois gols de desvantagem. Entramos na final como uma equipe e vencemos como um time", completou.

<p>As americanas desabaram no rink desesperadas após ter chegado a liderar o placar por 2 a 0 até 3min30s do fim</p>
As americanas desabaram no rink desesperadas após ter chegado a liderar o placar por 2 a 0 até 3min30s do fim
Foto: Getty Images

O técnico do Canadá, Kevin Dineen, resumiu o que pensa sobre Poulin. "Ela não fala muito, mas tem algo nos olhos dela que diz 'jogadora de grandes jogos' e ela mostrou isso em Vancouver e acredito que ela colocou um selo ainda maior hoje".

A heroína do ouro canadense nasceu em Quebec, região colonizada no passado pela França, e joga atualmente pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos. A garota que domina os idiomas francês e inglês foi a mais nova da delegação canadense na conquista em Vancouver e, no ano passado, no Mundial de Hóquei, foi eleita a jogadora mais valiosa.

Como curiosidade, ela esteve em 2011 no Afeganistão em companhia de outros atletas renomados para apoiar e dar autógrafos as tropas do país na região.

Fonte: Terra
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