Brasil é goleado, perde disputa pelo bronze e fica em 4º no futebol de 7
9 set2012 - 11h28
(atualizado às 14h23)
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Última esperança de medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres, a Seleção Brasileira de futebol de sete decepcionou, foi goleada por 5 a 0 pelo Irã na disputa pelo bronze e se despediu da capital britânica sem subir no pódio.
Dona de duas medalhas - bronze em Sydney 2000 e Prata em Atenas 2004 -, a equipe brasileira soma agora a segunda Paralimpíada consecutiva sem levar nenhuma condecoração. Assim como em Pequim 2008, o País foi derrotado com facilidade pelo Irã na decisão pelo bronze - se neste domingo o Brasil perdeu por 5 a 0, há quatro anos foi vencido por 4 a 0.
Dessa forma, a delegação brasileira se despede dos Jogos Paralímpicos de Londres com 43 medalhas, sendo 21 de ouro, 14 de prata e oito de ouro, melhor participação da história do País considerando as premiações douradas - as 47 medalhas em Pequim seguem sendo a melhor marca da história do Brasil analisando somente o número total de condecorações.
Com três gols logo no primeiro tempo, o Irã não teve nenhuma dificuldade para bater a Seleção, que, apática, ainda sofreu mais dois tentos na segunda etapa.
O experiente Rasoul Atashafrouz, 30 anos, marcou dois gols, aos 17min e 23min, e foi o grande nome da partida. Farzad Mehri, aos 20min e 61min, e Jasem Bakhshi, aos 57min, completaram o elástico placar iraniano.
Última disputa dos Jogos Paralímpicos de Londres, a final do futebol de sete consagrou a Rússia como nova campeã. Com uma vitória apertada por 1 a 0 os russos quebraram a hegemonia ucraniana, até então bicampeões paralímpicos, e faturaram a medalha de ouro após o gol de Eduard Ramonov, aos 14min da segunda etapa.
Assim como há 4 anos, em Pequim, o Brasil foi goleado pelo Irã na disputa pelo bronze
Após ultrapassar a melhor marca de ouros da história - 16 em Pequim -, o Brasil segue acumulando medalhas douradas nos Jogos Paralímpicos de Londres. Neste domingo, último dia de competições, o brasileiro Tito Sena conquistou a 21ª condecoração do País na capital britânica
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Com uma grande arrancada no fim, Tito superou o espanhol Abderrahman Ait Khamouch e venceu a maratona T46 (para atletas amputados ou com má formação congênita)
Foto: Reuters
Após se alternar entre a segunda e terceira posições durante toda a prova, Tito Sena abriu o penúltimo quilômetro na vice-liderança. Vendo o espanhol Abderrahman Ait Khamouch se encaminhar para o título, o brasileiro aumentou o ritmo, pressionou o rival e conseguiu a ultrapassagem próximo do fim da prova
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Tito Sena concluiu o percurso em 2h30min40s, melhor tempo de sua carreira, quase nove segundos abaixo de sua marca em Pequim 2008, quando conquistou a medalha de prata. Abderrahman Ait Khamouch cravou 2h31min04s e ficou com a prata, enquanto o belga Van den Heede Frederic marcou 2h31min38s e faturou o bronze
Foto: AP
Outro brasileiro a disputar a maratona T46, o baiano Ozivam Bonfim ficou na quarta posição. Apesar do bom posto, Ozivam não chegou a brigar diretamente por medalhas, já que ficou quase seis minutos atrás do terceiro colocado com o tempo de 2h37min16s
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Atual campeão da maratona de Paris e de São Silvestre, o brasiliense Tito Sena trabalhava como operador de uma fábrica quando, em 2003, sofreu um acidente que comprimiu seu braço direito, fazendo-o perder parte do membro. Nove anos depois, alcança o auge de sua carreira com o título paralímpico
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
A maratona T46 foi a última prova individual com participação brasileira nos Jogos de Londres. A "despedida" oficial do País acontece às 9h30 (de Brasília), quando o time do Brasil de futebol de sete enfrenta o Irã na disputa pela medalha de bronze
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Na categoria T12 da maratona (para atletas deficientes visuais), o espanhol Alberto Laso Suarez completou o percurso em 2h24min50s, quebrou o recorde mundial e conquistou o ouro. A prata ficou com o colombiano Serna Moreno, enquanto o bronze foi para Abderrahim Zhiou, da Tunísia
