Brasil esquece estreia ruim e prevê final agressiva contra a França

Danilo Vital

Direto de Londres

Nos últimos treinamentos antes dos Jogos Paralímpicos de Londres, os jogadores brasileiros de futebol de cinco avisaram: teriam uma estreia difícil contra a França. O confronto terminou 0 a 0. Agora, eles se encontram de novo final da competição com mais certeza de dificuldade de ambos os lados ¿ os times estão invictos e sequer sofreram gols após quatro partidas. A aposta pelo tricampeonato é jogar com agressividade.

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"A França tem um poder de defesa muito grande, mas tem também tem dois atacantes muito habilidosos. Aquele jogo foi estreia, o piso é diferenciado, então vários detalhes, para a gente, foram novidades. Certamente agora a equipe vai se comportar de outra forma, e vamos ter jogo mais aberto e agressivo pelo lado do Brasil", afirmou o técnico Ramon Pereira Souza.

Na quinta-feira, o Brasil já encarou uma pedreira: empatou sem gols com a Argentina na semifinal e ficou com a vaga ao vencer nos pênaltis por 1 a 0. "Acho que contra a França vai ser um jogo tipo esse: pegado. Vocês viram o primeiro jogo, foi 0 a 0. Vai ser até pior", afirmou Bill, o autor do único tento nas penalidades. O goleiro Fábio, que ajudou na classificação ao pegar duas cobranças, pensa parecido.

"Eles foram melhores do que a gente na primeira fase, mereciam ter saído com a vitória. Mas já passou, agora vem a final. Não vai ser fácil, mas temos a experiência de duas finais paralímpicas, e isso ajuda muito", disse o arqueiro. O jogo que vai definir a medalha de ouro ¿ e pode dar ao Brasil o tricampeonato ¿ está marcado para sábado, às 15h45 (19h45 de Brasília), na Riverbank Arena.

Jefinho sente lesão

Principal destaque do Brasil nos Jogos Paralímpicos, Jefinho tem sofrido com dores no músculo tibial anterior da perna esquerda, que tem diminuído seu desempenho nos últimos jogos. O problema prejudica justamente a maior característica do atleta: a velocidade. Para a decisão, acredita que vai poder jogar mais do que nesta quinta-feira, quando ficou boa parte do jogo no vestiário fazendo alongamento.

"Vou fazer tratamento nessas 48 horas para chegar 100% ou bem próximo disso. Aí eu completo com garra e raça para trazer a medalha para o Brasil. Espero que as dores diminuam para me dar mais liberdade dentro de quadra. Tem hora que eu não consigo correr, incomoda bastante", lamentou o jogador.

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