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Jogos Olímpicos - 2012

Brasil se volta para 2016 por "equilíbrio perfeito" e auge paralímpico

10 set 2012 - 12h25
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Danilo Vital
Direto de Londres

Os britânicos não se cansam de falar: o sucesso dos Jogos Paralímpicos de Londres foi estrondoso, foi a melhor edição da história e justamente na Grã-Bretanha, berço do esporte adaptado nos Jogos de Stoke Mandeville, em 1948. Passado e presente do país se encontraram para levar ao mundo um evento de primeira classe. Para o Rio 2016, a expectativa dos organizadores é manter o padrão, mas contar com "equilíbrio perfeito" para alcançar o auge paralímpico.

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Leonardo Gryner, diretor-geral do Comitê Organizador do Rio 2016, que chegou a Londres nos últimos dias de provas acompanhado de autoridades esportivas e políticas para divulgar a próxima cidade-sede, defendeu que o padrão só se elevaria após 2012 porque o Brasil tem situação adiantada na questão da preparação: boa parte das arenas já foi construída para o Pan-Americano de 2007, e as obras de infraestrutura estão em bom andamento.

"Nosso objetivo é alcançar Londres, que aumentou muito a expectativa. Mas o nosso compromisso é dar o melhor para melhorar e promover o movimento paralímpico. Estamos tentando ir além para poder alcançar e inclusive superar Londres", disse o dirigente. Apesar de algumas críticas ao projeto - como a provável demolição do velódromo do Rio de Janeiro, construído para o Pan fora dos padrões olímpicos -, os brasileiros podem acertar tudo fora de quadra. Mas também será necessário brilhar dentro delas.

É aí que o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, mostra confiança com a chance de chegar ao auge. Em Londres, o País bateu a meta do órgão: 21 medalhas de ouro e a sétima colocação geral. Inicialmente, o objetivo é acabar com a quinta posição dentro de casa, embora para isso, de acordo com o demonstrado em 2012, seja necessário subir para pelo menos 35 de ouro.

"Estamos tentando encontrar o equilíbrio perfeito", afirmou Parsons, sobre a chance de colocar mais atletas para competir, ganhando mais chances de pódio. "A ideia é trabalhar não com quantidade, mas com qualidade. Essa delegação teve 182 atletas, seis a menos do que em Pequim 2008, mas é sem dúvida a melhor de todos os tempos, com atletas mais preparados e com mais oportunidades de medalha", afirmou.

"Existe uma expressão em português que diz o seguinte: estamos entrando em uma briga de cachorro grande", disse o presidente do CPB à imprensa estrangeira, já interessada no trabalho do Brasil. "Estamos entrando para enfrentar as potências. Nossos adversários são Ucrânia, Rússia, China, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Ausrália. Isso poderia servir para desanimar, mas para nós é um grande desafio", complementou.

Leonardo Gryner defendeu que o padrão só se eleve após os Jogos de 2012
Leonardo Gryner defendeu que o padrão só se eleve após os Jogos de 2012
Foto: Fernando Borges / Terra
Fonte: Terra
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