Caçula do Brasil, Viviane contesta placar em despedida paralímpica
- Danilo Vital
- Direto de Londres
Viviane Ferreira Soares encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Londres como coadjuvante da final dos 100 m T13, disputada na noite desta quinta-feira. No Estádio Olímpico, a atleta mais jovem da delegação brasileira, com 16 anos, contestou informação exibida pelo placar eletrônico e lamentou a sexta colocação na prova, mas se mostrou maravilhada com a experiência e já de olho em 2016.
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Viviane chegou à zona mista ainda ofegante e, quando o sistema interno do Estádio Olímpico apontou 13s02 como personal best (melhor marca pessoal), ela contestou. "Não é verdade. Meu melhor tempo é 12s99." Essa informação fez a diferença para a avaliação da atleta sobre seu desempenho: "satisfeita eu não estou, esperava baixar o tempo, mas dei o meu melhor. Infelizmente meu melhor hoje foi o 13s02, e vou treinar para chegar forte nas próximas competições", apontou.
A avaliação geral, no entanto, é positiva. Isso porque Viviane é uma promessa para os Jogos Paralímpicos de 2016 e, com apenas 16 anos, é caçula da delegação. Além dos 100 m, ela também competiu nos 400 m T13, terminando com a sétima colocação e tempo de 1min05s96 - o que, se o sistema de informação da Paralimpíada não tiver errado de novo, é sua melhor marca na carreira.
"Foi muito bom, principalmente nos 400 m, que para mim foi a estreia. Estava muito nervosa, então depois dos 400 m eu relaxei mais. Acho muito muito legal essa torcida toda gritando. Ai, eu estou adorando tudo. Espero estar em 2016 no Rio", afirmou a atleta, maravilhada com a arena lotada - cerca de 80 mil pessoas incentivando os atletas e comemorando os resultados.
"Acho muito legal estar com 16 anos em uma Paralimpíada, ainda mais que é um lugar que muita gente quer ir. Graças a Deus eu consegui a vaga. Acho muito legal e espero ir para mais Paralimpíadas", afirmou a atleta, que perdeu parte da visão ao nascer com glaucoma. Viviane começou a praticar atletismo aos 12 anos e, apenas quatro depois, já conseguiu vaga paralímpica. Por isso, é uma das apostas para 2016.