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Jogos Olímpicos - 2012

Em casa, Paralimpíada alcança o "mainstream" mundial

10 set 2012 - 18h10
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Danilo Vital
Direto de Londres

Os Jogos Paralímpicos mais incríveis da história: assim foi definido o evento em Londres por autoridades como Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador, Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e centenas de atletas. No berço do desporto adaptado, a Paralimpíada ganhou importância a ponto de alcançar o "mainstream" mundial.

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Londres conseguiu colocar para funcionar o ciclo de crescimento de qualquer grande evento: atraiu o interesse do público, que atraiu interesse das grandes corporações de mídia, que, por sua vez, trouxe ao evento patrocinadores e investidores. Os Jogos ficaram gigantescos a ponto de usar a mesma estrutura e logística da Olimpíada, apesar de ter menos atletas e menos delegações.

O que definitivamente definiu o sucesso dos Jogos Paralímpicos de 2012 foi o público. A duas semanas antes da Cerimônia de Abertura, 2,1 milhões de ingressos já haviam sido vendidos, um recorde - restavam então 400 mil. A maior parte das arenas funcionou com lotação máxima, e a empolgação dos torcedores contagiou atletas. Trata-se de um sucesso inegável.

"Acho que os organizadores fizeram um grande trabalho em olhar os mais tênues detalhes nesses Jogos. E isso foi o que deixou tudo ótimo não só para os atletas, ma para os espectadores também", afirmou Oscar Pistorius, a estrela maior do evento. "As pessoas vão se lembrar dessa Paralimpíada e pela primeira vez não vão pensar nela só como inspiração. Tem também triunfo e às vezes desapontamentos, mas é isso que procuramos no esporte: sermos competitivos", complementou.

Além do biamputado sul-africano, campeão nos 400 m, Londres contou com grandes e novos ídolos do desporto: o brasileiro Alan Fonteles, que bateu Pistorius nos 200 m; a polonesa Natalia Partyka, famosa por competir também na Olimpíada; pratas da casa como Ellie Simmonds e Jonnie Peacock; Daniel Dias e seu desempenho espetacular nas piscinas.

Para os brasileiros, fica o exemplo. "Temos aprendizados fundamentais da experiência londrina. Eles deram prioridade para que a experiência do expectador e do atleta fossem a melhor possível e deixaram todos satisfeitos com condições de treino, competição e acomodação", exaltou Leonardo Gryner, diretor do Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016.

"Você via as pessoas felizes em qualquer instalação esportiva. Esse norte que adotaram, de na hora de tomar determinadas decisões em um projeto complexo priorizar a experiência do atleta e do expectador, foi o melhor possível. É isso que vamos levar", complementou o dirigente. Graças a Londres, os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 vão estar no foco mundial como nunca antes. A missão é mantê-lo no mainstream.

Presidente do Comitê Organizador, Sebastian Coe definiu Jogos de Londres como "os mais incríveis da história"
Presidente do Comitê Organizador, Sebastian Coe definiu Jogos de Londres como "os mais incríveis da história"
Foto: AP
Fonte: Terra
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