Em Paralimpíada "bizarra", Matheus melhora 11s e leva dúvida a 2016
7 set2012 - 15h22
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Danilo Vital
Direto de Londres
Matheus Souza encerrou nesta sexta-feira uma Paralimpíada classificada por ele como bizarra. O nadador da classe S11, para atletas totalmente cegos, chegou a Londres preparado para chegar à final nas provas de velocidade, mas falhou. Nos 400 m, por outro lado, conseguiu a vaga com direito a quebra de recorde pessoal, baixando o tempo em quase 11s. Por isso, vai reavaliar a carreira quando voltar ao Brasil.
"O bizarro foi o seguinte: eu vim treinando o ano inteiro para as provas de velocidade, só que na minha classe acontece que o atleta tem que ter sorte. Também envolve técnica, mas se ele nada 1 cm para o lado pode acertar a raia e perder tempo. Por não estar tão bem treinado ainda, não peguei final nas provas para as quais treinei o ano inteiro. E, curiosamente, nadei a final dos 400 m", apontou o atleta.
"De manhã baixei 11s meu melhor tempo estou feliz de mais", disse Matheus Souza, satisfeito. Até então, seu recorde brasileiro era na casa dos 5min08s. Nas eliminatórias, ele cravou 4min57s32. Na final, no entanto, piorou: chegou em sétimo com 4min59s51. "Queria ter baixado um pouco mais agora à tarde. Eu previa um tempinho 4s ou 5s mais baixo, mas não deu", lamentou.
Por isso, Matheus agora tem uma dúvida: melhorar a parte aeróbica, que é a que tem mais dificuldade, e buscar o potencial demonstrado nos 400 m, ou focar as provas de velocidade com acertos de técnica para ter mais sorte nas provas? "Vou ver o que eu posso fazer para reverter isso agora quando eu voltar de Londres. Vou verificar o treino, botar na balança ver o que vale mais a pena", disse.
A Seleção Brasileira de futebol de 7 (paralíticos cerebrais) perdeu, nesta sexta-feira, para a Rússia por 3 a 1, em partida disputada na Riverbank Arena
Foto: Fernando Borges / Terra
Como a partida foi válida pela semifinal dos Jogos Paralímpicos, a equipe verde e amarela terá que disputar a medalha de bronze
Foto: Fernando Borges / Terra
O resultado acabou com as chances dos brasileiros - bronze em Sydney 2000 e Pequim 2008 e prata em Atenas 2004 - conquistarem a inédita medalha de ouro
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O adversário na disputa pela quarta medalha na história da modalidade sairá do perdedor entre Ucrânia e Irã, pelas outra semifinal
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Banco de reservas brasileiro comemora gol
Foto: Fernando Borges / Terra
Atual vice-campeã paralímpica, a Rússia foi superior boa parte do primeiro tempo
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Mas o lance mais perigoso da partida aconteceu aos 14min, com Ronaldo chutando de fora da área para acertar a trave do goleiro russo
Foto: Fernando Borges / Terra
Com dificuldade de atacar e com o ótimo poder ofensivo do adversário, o Brasil vacilou aos 18min do primeiro tempo e permitiu que Viacheslav Larionov ficasse cara a cara com goleiro Marcos, fazendo 1 a 0 para os europeus
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Minutos depois, em um rápido contra-ataque, Wanderson deixou tudo igual no jogo
Foto: Fernando Borges / Terra
No início da segunda parcial, Ivan Potekhin deu provas que só a vitória interessava a Rússia. Com uma bela jogada individual, voltou a deixar sua equipe na frente (2 a 1)
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O Brasil ainda teve a chance de empatar a partida, aos 16min , com uma bola na trave
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Porém, a força europeia falou mais alto e, aos 18min, Aleksandr Kuligin fez 3 a 1 para colocar a Rússia na final dos jogos pela quarta vez na história dos Jogos
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Jogador russo comemora gol
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Kuligin perdeu um gol incrível. Quase em cima d alinha, sem goleiro, o atacante russo acertou a trave
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Goleiro Marcos faz boa defesa
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Romanov tenta cabeçada
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Ronaldo faz o lançamento
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Larianov comemora primeiro gol russo na partida
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Vanderson vibra com o único gol brasileiro na partida
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Momento em que Vanderson empata o jogo para o Brasil
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O Brasil venceu as duas primeiras partidas nos Jogos Paralímpicos (3 a 0 na Grã-Bretanha e 8 a 0 nos EUA)
Foto: Fernando Borges / Terra
Na disputa direta pela primeira colocação do Grupo B, os brasileiros empataram com a Ucrânia por 1 a 1, e terminaram em 2º