Jefinho calcula 150 gols e pede festa com axé pelo tri em Londres
9 set2012 - 20h53
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Danilo Vital
Direto de Londres
O baiano Jeferson da Conceição Gonçalves, mundialmente conhecido como Jefinho, quer comemorar o tricampeonato paralímpico do futebol de cinco como um autêntico baiano: com muito axé. É assim que ele espera a festa na volta ao Brasil, depois de derrotar a França na final por 2 a 0, nos Jogos de Londres.
"Tenho certeza de que o pessoal vai receber a gente bem, até porque são três baianos na Seleção. Agora, com a medalha garantida, estão preparando a festa pra nossa chegada, para nos recepcionar", disse Jefinho, que é natural de Candeias. Cássio Lopes dos Reis, de Ituberá, e Gledson "Guegueu" Barros são os outros representantes do estado.
"Espero música com certeza muito animada, um axé da Bahia muito bom. Espero chegar lá com animação, com festa de todos, da família, do Instituto de Cegos da Bahia, muita festa para comemorar", disse o jogador, um dos principais atletas da conquista da medalha de ouro. Jefinho ainda disse que é um cara eclético quanto ao gosto musical.
"Eu curto bastante axé, pagode, qualquer música que rolar vai animar essa festa. Vamos chegar felizes, e isso vai ajudar ainda mais a comemoração", apontou. Jefinho terminou a Paralimpíada como artilheiro da competição, com três gols anotados - ficou empatado com o espanhol Antonio Martin Gaitan. Esses tentos vão entrar para a conta do atleta.
"Antigamente eu até contava. Não lembro quantos gols eu tenho, mas eu tenho que dar o máximo na quadra para conseguir os resultados para o Brasil. Infelizmente, não sei a conta. Um dia vou parar e tentar lembrar", afirmou Jefinho, que topou fazer um cálculo aproximado: "acho que já passou dos 150 gols. Na verdade não tenho a mínima ideia. Depois eu vou dar uma analisada com calma".
Após ultrapassar a melhor marca de ouros da história - 16 em Pequim -, o Brasil segue acumulando medalhas douradas nos Jogos Paralímpicos de Londres. Neste domingo, último dia de competições, o brasileiro Tito Sena conquistou a 21ª condecoração do País na capital britânica
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Com uma grande arrancada no fim, Tito superou o espanhol Abderrahman Ait Khamouch e venceu a maratona T46 (para atletas amputados ou com má formação congênita)
Foto: Reuters
Após se alternar entre a segunda e terceira posições durante toda a prova, Tito Sena abriu o penúltimo quilômetro na vice-liderança. Vendo o espanhol Abderrahman Ait Khamouch se encaminhar para o título, o brasileiro aumentou o ritmo, pressionou o rival e conseguiu a ultrapassagem próximo do fim da prova
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Tito Sena concluiu o percurso em 2h30min40s, melhor tempo de sua carreira, quase nove segundos abaixo de sua marca em Pequim 2008, quando conquistou a medalha de prata. Abderrahman Ait Khamouch cravou 2h31min04s e ficou com a prata, enquanto o belga Van den Heede Frederic marcou 2h31min38s e faturou o bronze
Foto: AP
Outro brasileiro a disputar a maratona T46, o baiano Ozivam Bonfim ficou na quarta posição. Apesar do bom posto, Ozivam não chegou a brigar diretamente por medalhas, já que ficou quase seis minutos atrás do terceiro colocado com o tempo de 2h37min16s
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Atual campeão da maratona de Paris e de São Silvestre, o brasiliense Tito Sena trabalhava como operador de uma fábrica quando, em 2003, sofreu um acidente que comprimiu seu braço direito, fazendo-o perder parte do membro. Nove anos depois, alcança o auge de sua carreira com o título paralímpico
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
A maratona T46 foi a última prova individual com participação brasileira nos Jogos de Londres. A "despedida" oficial do País acontece às 9h30 (de Brasília), quando o time do Brasil de futebol de sete enfrenta o Irã na disputa pela medalha de bronze
Foto: Patrícia Santos/CPB / Divulgação
Na categoria T12 da maratona (para atletas deficientes visuais), o espanhol Alberto Laso Suarez completou o percurso em 2h24min50s, quebrou o recorde mundial e conquistou o ouro. A prata ficou com o colombiano Serna Moreno, enquanto o bronze foi para Abderrahim Zhiou, da Tunísia