Nos pênaltis, goleiro Fábio consagra tática: "os mal batidos eu pego"

Danilo Vital

Direto de Londres

Com a responsabilidade de ser o único da equipe com o sentido da visão, Fábio foi primordial para a vitória do Brasil sobre a Argentina nos pênaltis, nesta quinta-feira, na semifinal do futebol de cinco dos Jogos Paralímpicos de Londres. O arqueiro pegou duas das três cobranças - a outra foi para fora - e definiu a vaga na final, consagrando uma tática extremamente simples para a posição.

» Acompanhe o quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos
» De bocha a goalball, conheça os esportes da Paralimpíada
» Confira dez curiosidades sobre a Paralimpíada

"Eu fico parado no gol e espero para pegar o pênalti mal batido. O mal batido eu pego. Aquele que é bem batido é mérito do cara", disse o camisa 1, na zona mista da Riverbank Arena. Privilegiado por não ter deficiência, Fábio tentou explicar as dificuldades de jogar no gol contra cegos: além de área mínima para trabalhar, é preciso contar com a falta de exatidão deles.

"Nesse caso do pênalti, e em jogo também, é mais difícil, principalmente, com bola rolando. Às vezes giram o corpo, pegam de lado, chutam, e a bola vai no outro lado. Então não pode, tem que esperar sair a bola para pegar", explicou o ex-arqueiro de futebol, que há dez anos joga com atletas cegos e esteve presente nas campanhas de ouro em Atenas 2004 e Pequim 2008.

Fábio ainda exaltou a vitória contra a arquirrival Argentina. "Sempre é difícil, mas ganhar deles é melhor ainda. Estou há dez anos na Seleção e sempre fazemos jogos difíceis contra eles. Hoje (quinta-feira), para matar do coração, foi nos pênaltis. Mas é melhor, é mais gostoso ganhar deles assim", afirmou.

Notícias relacionadas

Neymar chega a acordo para voltar ao Santos

Técnico de Portugal dispensa Cristiano Ronaldo e mais três

Jake Paul responde o motivo de não ter tentado o nocaute em Mike Tyson