Ouro, Dias faz história, conquista 14ª medalha e ultrapassa Clodoaldo
- Danilo Vital
- Direto de Londres
O nadador Daniel Dias confirmou a quebra de mais um recorde na carreira e, nesta sexta-feira, se tornou o brasileiro com o maior número de medalhas na história da Paralimpíada. Campeão dos 50 m borboleta classe S5, o paulista de Campinas somou seu quinto ouro nos Jogos de Londres 2012, com direito a recorde mundial, e colecionou seu 14º pódio na carreira - superando as marcas da velocista Ádria Santos e do também nadador Clodoaldo Silva.
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Daniel Dias havia se classificado para a final dos 50 m borboleta com o segundo melhor tempo, atrás do americano Roy Perkins. Na prova desta tarde, porém, o brasileiro confirmou o favoritismo e sobrou na piscina: terminou com boa vantagem sobre o adversário e baixou o recorde mundial da categoria.
O título de Dias veio graças ao tempo de 34s15, mais de 0s4 mais rápido em relação a Perkins, que conquistou a prata ao fazer 34s57. O pódio foi completado pelo chinês Junquan He, bronze graãs à marca de 37s20.
Esta foi a quinta medalha de ouro de Daniel Dias apenas na Paralimpíada de Londres - ele já havia faturado os títulos nos 50 m costas, nos 50 e nos 200 m livre da classe S5, além dos 100 m peito SB4. Ele ainda pode - e deve - aumentar esse total, uma vez que ainda compete nos 100 m livre e compõe a equipe brasileira no revezamento 4x100 medley 34 pontos.
"Isso é muito treino, muita dedicação, fé em Deus e não colocar limite de realizações e capacitação", comemorou Daniel Dias. "Eu sabia que poderia chegar à conquista dessas cinco medalhas e agora quero mais uma. Meu objetivo é sair daqui com seis", acrescentou.
A quinta medalha em Londres representou a 14ª da carreira de Daniel Dias, que já havia vencido nove apenas nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 (quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze). Agora, ele aparece isolado como maior medalhista da história do desporto adaptado brasileiro - Clodoaldo Silva e Ádria Santos ficaram para trás com 13. "Pô, não estou colocando o Clodoaldo para baixo. Isso só engrandece o esporte paralímpico brasileiro", concluiu.