Ouro no dardo, Shirlene comemora feito e lembra Pequim: "desengasgou"
Responsável por dar a primeira medalha de ouro ao atletismo brasileiro em provas de campo nos Jogos Paralímpicos de Londres, a goiana Shirlene Coelho comemorou a vitória no lançamento de dardo da classe T37/38 (para paralisados cerebrais ambulantes) e ainda afirmou que a medalha de prata conquistada na mesma prova há quatro anos, nos Jogos de Pequim 2008, "desengasgou total".
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"A prata de Pequim estava engasgada, agora foi o ouro verdadeiro. Desengasgou total", disse Shirlene, paratleta de 31 anos que, quando conquistou o vice em Pequim, quebrou o recorde mundial de sua classe - F37 - com a marca de 35,95 m.
Quatro anos depois, nos Jogos de Londres, Shirlene novamente estabelece uma nova marca mundial - 37,86 m -, só que dessa vez sai da competição com a medalha dourada. "É muita emoção, esperei quatro anos para sair de uma Paralimpíada com a medalha de ouro e recorde mundial novamente", disse a brasileira, antes de completar: "na primeira (em Pequim 2008) teve recorde mundial, mas foi uma prata com gosto de ouro".
Nascida em Corumbá, no estado de Goiás, Shirlene Coelho sofreu paralisia cerebral ainda durante a gestação de sua mãe. 31 anos depois, é a responsável por conquistar a 16ª medalha de ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres, condecoração que igualou a melhor marca do País na história da competição (16 ouros em Pequim) - marca essa que já foi superada após a vitória de Maciel Sousa Santos na bocha BC2, também neste sábado.