Pistorius mira glória nos 400 m: "vou dar o que o público quer"
- Danilo Vital
- Direto de Londres
Oscar Pistorius pode até exaltar seu desempenho nos Jogos Paralímpicos até agora: prata nos 200 m T44 e ouro no revezamento 4x100, com direito a novo recorde mundial. Mas também deixa transparecer uma ansiedade de quem ainda tem algo a mostrar. Depois de terminar com a quarta colocação nos 100 m, na quinta-feira, ele mira a glória em sua prova favorita: os 400 m.
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Não é à toa que a disputa vai fechar os eventos do Estádio Olímpico, com a final às 21h57 (17h57 de Brasília): trata-se da prova mais esperada da Paralimpíada, com o atleta mais famoso do evento destinado a ser o protagonista de um verdadeiro espetáculo. "No sábado à noite vou aparecer e dar ao público os melhores 400 m que eles já viram", prometeu o sul-africano, sem esconder a ansiedade.
Foi com essa distância que o corredor fez história ao se tornar o primeiro biamputado a disputar os Jogos Olímpicos, parando na semifinal. Esse é um dos motivos que fazem os 400 m tão importante. Nos 200 m, Pistorius deveria ser protagonista, mas perdeu o ouro para o "intruso" Alan Fonteles. No revezamento ele venceu, mas não brilhou sozinho. Quanto aos 100 m, então, o atleta já vinha falando há tempos que dificilmente conseguiria o ouro. Superado, sequer subiu ao pódio.
"Eu não domino os 100 m há três anos. Eu fui vencido no último ano por Jerome Singleton. Meu foco é os 400 m. Esse é o evento mais importante para mim. As pessoas colocam muita ênfase nos 100 m, mas eu faço isso com os 400 m", afirmou Oscar Pistorius. A saga começa nesta sexta-feira, com as eliminatórias às 21h45 (17h45 de Brasília). Aumenta a expectativa conforme diminuem os potenciais rivais do astro paralímpico.
O brasileiro Alan Fonteles, por exemplo, admitiu que não deve ser páreo como foi nos 200 m. "Os 400 m é a prova do Pistorius", definiu. "Mas não estou dizendo que eu não vá correr. Os 200 m também era a prova dele, e eu fui lá e venci. Vamos ver o que vai acontecer. Minha prova não é das melhores, não treinei especificamente para ela", analisou o atleta.
Baseado na empolgação com que o sul-africano se manifesta sobre a chance de conquistar o bicampeonato paralímpico, vai ser mesmo difícil alguém vencê-lo na noite de sábado. "Estou esperando mais um recorde mundial, e vou dar ao público o que eles querem no sábado à noite", prometeu. O público quer a sua vitória, e ele está sedento por glória depois de fracassar nas provas individuais em Londres.
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