Saiba quem chega em alta e quem pode se aposentar antes do Rio 2016
Mais um ciclo paralímpico chegou ao fim, e alguns brasileiros podem ter feito dos Jogos de Londres os últimos de sua carreira. Por outro lado, jovens promessas do atletismo e da natação, além de paratletas já consagrados, prometem continuar até os Jogos do Rio 2016 e manter o Brasil entre as potências mundiais do desporto adaptado.
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Seis vezes medalha de ouro nos Jogos de Atenas 2004, Clodoaldo Silva pode ter se despedido da Paralimpíada. Aos 33 anos, o nadador acabou mudando da classe S4 para S5 (a mesma de Daniel Dias), o que comprometeu suas chances de medalha. Apesar de não ter afirmado que Londres foi sua última Paralimpíada, ele terá 37 anos no Rio 2016 e dificilmente terá condições de chegar ao pódio - este ano, não conquistou nenhuma medalha.
Antônio Delfino, da classe T46 do atletismo, competiu em Londres aos 41 anos de idade. Campeão dos 200 e 400 m T46 dos Jogos de Atenas 2004, ele deixou a capital britânica sem a tão sonhada medalha que almejava. A idade que ele terá nos Jogos do Rio 2016 - 45 anos - pode ser um fator determinante para uma aposentadoria precoce antes das competições.
No judô, Antônio Tenório, tetracampeão paralímpico (Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008), já não teve o mesmo desempenho que as edições anteriores dos Jogos. Prata nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, o judoca de 41 anos ficou, pela primeira vez, fora do lugar mais alto do pódio em Londres. Apesar de afirmar que a idade é um fator determinante, ele pretende disputar os Jogos do Rio 2016, aos 44 anos.
A bicampeã paralímpica dos 200 m T11 e ouro nos 100 m T11 nos Jogos Paralímpicos de Londres, a mineira Terezinha Guilhermina, 33 anos, parece evoluir conforme o tempo passa. Além de subir duas vezes ao lugar mais alto do pódio na capital britânica, a velocista brasileira bateu o seu próprio recorde mundial nos 100 m, confirmando o status de cega mais rápida do mundo. Continuar ou não, só depende dela.
Promessas e realidades:
Caso Terezinha não esteja presente nos Jogos do Rio 2016, já tem uma substituta. Jerusa Santos, 28 anos e segunda colocada nos 100 e 200 m T11, poderá assumir, no Rio de Janeiro, a condição de principal atleta da prova. Quem também se destacou foi Jhulia dos Santos. Aos 21 anos, a paratleta foi uma das revelações brasileiras na capital britânica, conquistando o bronze nos 100 m T11, quando o Brasil dominou o pódio da categoria.
Já Alan Fonteles, 20 anos, parece estar "cozinhando o tempo" para se tornar um dos maiores nomes do atletismo brasileiro. Ouro nos 200 m T46, quando superou o favorito Alan Pistorius, da África do Sul, ele alcançou mais duas finais (100 e 400 m T44) e promete resultados ainda melhores competindo em casa daqui quatro anos.
Quem também deverá confirmar suas glórias no Rio de Janeiro é Daniel Dias, 24 anos, na classe S5 da natação. Com seis ouros e recordes mundiais na maioria das provas que disputou, o nadador deverá aumentar a marca de medalhas paralímpicas que conquistou em Londres. André Brasil, 28 anos e três vezes medalha de ouro na capital britânica, também chegará ao Rio 2016 em grande fase e poderá continuar como um dos grandes nomes da natação paralímpica brasileira.