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Olimpíada 2016

Cânticos da torcida brasileira contagiam as arenas olímpicas

12 ago 2016 - 10h25
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O popular e arrastado "sou brasileiro, com muito amor" já não é o cântico preferido dos brasileiros nas arenas olímpicas do Rio. Isso mostra por um lado a capacidade inventiva do público e dá um nó na cabeça dos torcedores de fora do País. Difícil explicar para eles o que significa "uh, pula aê, faz o caldeirão viver".

Foi nesse ritmo que a torcida incentivou o time masculino de handebol na vitória obtida na quinta (11) sobre a poderosa equipe da Alemanha, por 33 a 30. A Arena do Futuro estava lotada e, de pé, os brasileiros fizeram do local realmente um caldeirão. Isso ficava nítido a cada gol da seleção.

O goleiro Maik, da Seleção Brasileira de handebol, tira uma foto junto aos torcedores brasileiros
O goleiro Maik, da Seleção Brasileira de handebol, tira uma foto junto aos torcedores brasileiros
Foto: Getty Images

Quando queriam dar uma força ao goleiro do Brasil, Maik, no momento de um ataque do adversário,  recorriam a um mantra: "uh, defesa, uh", que tomava conta da arena, se preciso fosse, por minutos seguidos. Os alemães assistiam a tudo calados e às vezes perguntavam discretamente a algum voluntário brasileiro o que significava aquilo.

Mais aturdidos ainda estavam turistas do Tadjiquistão, no meio da semana, durante luta de boxe em que o brasileiro Robson Conceição derrotou por nocaute técnico o representante do país deles, Anvar Yunsov. Logo no início do primeiro round, diante da reação do visitante aos ataques do pugilista da casa, o pavilhão 6 do Riocentro quase veio abaixo.

Não necessariamente por gritos de incentivo a Robson. Mas pela rejeição ao adversário, com uma boa dose de hostilidade.  "Uh, vai morrer", repetiam eles, trazendo para o ginásio um grito de arquibancada de futebol, que, embora não possa ser levado ao pé da letra, deixou o grupo de estrangeiros em silêncio. Possivelmente, com a percepção de que aquela manifestação não lhes fosse simpática.

Mas, ainda no boxe, a torcida brasileira protagonizou uma cena engraçada nessa quinta-feira. No ringue, o lutador equatoriano Carlos Andres Mina lutava contra o alemão Serge Michel. E os torcedores começaram a cantar a música "Pelados em Santos", do grupo Mamonas Assassinas. Cantavam em alto e bom som: "Mina, teu cabelo é da hora. Seu corpão um violão. Meu docinho de coco, tá me deixando louco". Confira abaixo o vídeo dessa cena hilária.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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