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Olimpíada 2016

Samba e funk fazem o Maracanã dançar na abertura dos Jogos

5 ago 2016 - 21h46
(atualizado às 22h09)
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Fogos de artifício formam a palavra Rio no Maracanã
Fogos de artifício formam a palavra Rio no Maracanã
Foto: EFE

O samba, o passinho e o funk, ritmos nascidos nas favelas cariocas, tomaram conta do Maracanã nesta sexta-feira e transformaram a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em uma festa com a força arrasadora da cultura negra, que fez todo o estádio balançar. As favelas, onde vive um quarto da população da cidade, foram o berço do samba há um século e agora emana delas o som poderoso do funk.

Dançarinos formam figuras com elásticos
Dançarinos formam figuras com elásticos
Foto: EFE

Assim como o samba, o funk saiu da clandestinidade, da marginalização social e acabou descendo de morros e favelas para conquistar o grande público e a lista das músicas mais ouvidas nas rádios do país. Com os primeiros sons da batida do funk, o jovem Cristian do Passinho, de 13 anos, se tornou a estrela do palco, ao lado de outros dançarinos e da cantora Ludmilla, que interpretou o "Rap da Felicidade", um autêntico hino das favelas.

Réplica do avião 14 Bis de Santos Dumont
Réplica do avião 14 Bis de Santos Dumont
Foto: EFE

Logo em seguida, Elza Soares, uma das grandes damas do samba e da Música Popular Brasileira (MPB), entoou o "Canto de Ossanha", canção lançada em 1966 por Baden Powel e Vinícius de Moraes e que deu visibilidade às religiões de origem africana, que foram perseguidas pelas autoridades durante longos períodos da história do Brasil.

Gisele Bündchen desfila no Maracanã
Gisele Bündchen desfila no Maracanã
Foto: EFE

A "festa da favela" prosseguiu com uma rápida sucessão de sucessos da música pop, do samba e do funk interpretados em um duelo entre o rapper Marcelo D2 e o sambista Zeca Pagodinho, que intercalaram estrofes de seus temas mais conhecidos. Além disso, dezenas de dançarinos vestidos de branco se agitavam pelas pilhas de cubos multicoloridos que simulavam a geografia das favelas.

Fogos de artifício no Maracanã
Fogos de artifício no Maracanã
Foto: EFE

As MC's Karol Conka e Soffia, esta última de apenas 12 anos de idade, fizeram um breve duelo de vozes, acompanhados por um dançarino que misturou "break dance" com capoeira. Depois, vários grupos de dançarinos encheram o palco disposto sobre o gramado do Maracanã para mostrar, ao mesmo tempo, diferentes estilos regionais do Brasil, como o Maracatu do nordeste e a música dos bate-bolas do carnaval do Rio.

Dançarinos escalam réplicas de prédios representando as metrópoles brasileiras
Dançarinos escalam réplicas de prédios representando as metrópoles brasileiras
Foto: EFE

A apoteose da festa, que pôs o público de pé, ficou sob a responsabilidade de Jorge Ben Jor com "País Tropical", canção que exalta as belezas das diferentes regiões do Brasil. O sucesso de Jorge Ben Jor foi tamanho que o cantor seguiu entoando a canção à capela, acompanhado por todo o público brasileiro, que fechou a apresentação com uma grande ovação.

EFE   
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